Uma nova erupção vulcânica na Islândia provocou o fechamento do espaço aéreo local hoje, um ano depois de outro gigante, o Eyjafjoell, provocar caos no transporte aéreo pela Europa. Especialistas e autoridades do setor de aviação dizem, porém, que o impacto do Grimsvoetn não deve ser tão abrangente.
O Grimsvoetn é o vulcão mais ativo da Islândia. Ele fica no centro da grande geleira de Vatnajoekull, e entrou em erupção no final de ontem, enviando uma coluna de fumaça a até 20 quilômetros de altura. As cinzas logo cobriram vilas e fazendas próximas, e na manhã deste domingo chegaram à capital, quase 400 quilômetros a oeste.
A administração aeroportuária da Islândia, Isavia, anunciou hoje que o principal aeroporto do país, o Keflavik, estava fechado e que quase todo o espaço aéreo do país também não está aberto, por causa da nuvem de cinzas.
A medida "afeta quase toda a Islândia agora, pelo menos pelas próximas horas", informou à France Presse uma porta-voz da Isavia, Hjordis Gudmundsdottir. Segundo ela, rotas ao norte da nação insular do norte do Atlântico também foram afetadas. A porta-voz ressaltou porém, que, como o vento está levando as cinzas para o norte, o quadro é muito melhor que o do ano passado, quando o pó do Eyjafjoell foi levado para o sul e o sudeste, afetando a Europa continental.
A erupção do Eyjafjoell causou o maior problema de caos aéreo em nível planetário desde a Segunda Guerra (1939-45), durante quase um mês. Há o temor de que as cinzas dos vulcões prejudiquem os motores das aeronaves.
Até o fim da manhã deste domingo, nenhum país europeu havia decidido fechar seu espaço aéreo, apesar de autoridades do setor no Reino Unido e na Escandinávia, áreas das mais afetadas no ano passado, dizerem que acompanhavam com atenção as novidades.
A entidade que organiza o controle aéreo da Europa, Eurocontrol, afirmou que não havia impacto previsto para o espaço aéreo europeu fora da Islândia, nem para voos transatlânticos, por pelo menos 24 horas.
Geofísicos do Escritório de Meteorologia da Islândia previam um impacto muito menor da erupção do Grimsvoetn, em comparação com a crise do ano passado.