O espaço aéreo sobre a Escócia e a Irlanda do Norte será fechado a partir da manhã de quarta-feira por causa das cinzas vulcânicas que já paralisaram aeroportos nesta terça-feira na Irlanda e ameaçam perturbar as férias de verão.

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A Autoridade de Aviação Civil britânica disse em seu site que aeroportos do noroeste da Inglaterra e oeste do País de Gales também podem ser afetados pelas cinzas vulcânicas vindas da Islândia, que já provocaram caos aéreo na Europa no mês passado.

A nota diz que os meteorologistas preveem que a concentração de cinzas na atmosfera ultrapassará os limites recomendáveis de segurança. As cinzas podem afetar superfícies, motores e instrumentos cruciais dos aviões.

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"A situação é muito dinâmica, então os passageiros esperando viajar a partir de aeroportos impactados devem contatar as empresas aéreas e verificar se o seu voo está operando", disse a nota.

O espaço aéreo na Escócia e Irlanda do Norte será fechado às 6h (3h em Brasília), junto aos aeroportos nas duas regiões.

Na terça-feira, os aeroportos da Irlanda e de algumas cidades britânicas já ficaram fechados durante várias horas --no caso da Irlanda, de 6h às 12h (3h às 6h em Brasília). Aviões vindos da Grã-Bretanha e da Europa continental não foram impedidos de sobrevoar a Irlanda.

Foi o primeiro teste do sistema progressivo de interdições, adotado na Europa após a paralisação generalizada dos voos no mês passado, uma política que recebeu críticas das empresas.

A Eurocontrol, agência europeia de controle aéreo, disse que as interdições na Irlanda e Grã-Bretanha levaram ao cancelamento de 150 voos, mas que a situação já foi normalizada.

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As autoridades britânicas preveem mais transtornos nesta semana.

Por causa dos incidentes do mês passado, cerca de 100 mil voos foram cancelados, e milhões de passageiros ficaram retidos. A Comissão Europeia (Poder Executivo da União Europeia) estima que as empresas aéreas locais tenham sofrido prejuízos de 2 a 3,3 bilhões de dólares.

As empresas filiadas à Iata (associação do setor) gastaram um pouco menos de 260 milhões de dólares em hospedagem e alimentação de passageiros, segundo a Comissão Europeia. As empresas queriam ajuda dos governos, mas ministros europeus de Transportes reunidos nesta terça-feira rejeitaram essa hipótese.

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