Clérigos xiitas iraquianos exigiram hoje a libertação do jornalista sentenciado ontem a três anos de prisão por ter atirado seus sapatos na direção do ex-presidente americano George W. Bush em um ato de indignação no fim do ano passado.
O xeque Suhail al-Iqabi, seguidor do clérigo radical xiita Muqtada al-Sadr, disse que a sentença emitida pela Justiça iraquiana contra o jornalista Muntadhar al-Zeidi representa "um veredicto contra os iraquianos que rejeitam a ocupação" do Iraque pelos Estados Unidos.
Também deveriam ser realizados esforços pela libertação de sadristas e outras pessoas contrárias à presença militar dos EUA no país árabe, declarou Iqabi durante sermão em uma mesquita de Cidade Sadr, um bastião xiita na zona leste de Bagdá. Em Kufa, também um reduto sadrista no Iraque, outro clérigo, o xeque Abdul-Hadi al-Mohammadawi, também denunciou a condenação. "Queremos saber em que lei o juiz baseou sua sentença. Esse veredicto foi decidido para satisfazer seus chefes? Por que não julgar os americanos que matam iraquianos a sangue frio?", questionou.
O ato de indignação de Al-Zeidi, realizado durante uma entrevista coletiva concedida por Bush ao lado do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, em 14 de dezembro do ano passado em Bagdá, tornou-o célebre no mundo inteiro e o transformou em um herói daqueles que se opuseram à invasão do Iraque, especialmente no mundo árabe.
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