O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, fez um apelo à comunidade internacional, incluindo ONU e Estados Unidos (EUA), para que apóiem o retorno ao poder de seu país, uma vez que fracassaram as negociações para resolver a crise política no país depois do golpe.
"A comunidade internacional deve marcar um precedente para que isto não se repita e que os golpes de Estado sejam parte da história e que aqueles que tentarem sejam castigados", disse Zelaya em uma entrevista ao jornal espanhol El Mundo.
O jornal indica que entrevistou Zelaya na embaixada de Honduras em Manágua, na Nicarágua, uma das escalas do presidente depois que foi retirado do país à força por militares que tomaram o poder e conduziram Roberto Micheletti ao poder.
Governos de todo o mundo vem pedindo a volta de Zelaya ao poder e rejeitam o governo interino, mas Micheletti disse na segunda-feira (20) que nunca permitirá a volta de Zelaya à presidência do país.
Ao ser perguntado se a situação teria um fim com intervenção diplomática dos EUA, Zelaya disse: "Imediatamente. Isto durará o que dura um suspiro quando os Estados Unidos tomarem medidas claras contra os golpistas."