Cansados das invasões de uma minoria barulhenta que quer impor sua agenda partidária goela abaixo, pais e professores começaram a exigir a desocupação de escolas no Paraná. O Movimento Brasil Livre (MBL), que também acredita que esses militantes e sindicalistas passaram dos limites – principalmente após a morte de um adolescente numa escola invadida –, está prestando auxílio a esses cidadãos que só querem proteger o direito de estudar.
Alguns parlamentares petistas, inconformados com a revolta da população contra essas invasões que estão prejudicando milhares de alunos – que, além de não poderem estudar em suas próprias escolas, correm risco de não conseguirem fazer o Enem –, passaram a nos chamar de “organização paramilitar”, “milícia fascista de Beto Richa” e nos acusar de “atacar estudantes à noite”. Boa parte da imprensa ouviu advogados de invasores que acusaram o MBL de agredir estudantes e depredar patrimônio público, mas não entrevistou nenhum coordenador do MBL, apesar das acusações. Não tivemos nenhuma oportunidade de nos defender.
Tudo o que pais, alunos e o MBL querem é garantir que a Constituição seja cumprida
- As ocupações e a democracia (editorial de 29 e 30 de outubro de 2016)
- Covardia com os jovens (artigo de Rodrigo Constantino, publicado em 27 de outubro de 2016)
- O Judiciário e a educação: entre a “posse” e a liberdade política (artigo de Lawrence Estivalet, publicado em 18 de outubro de 2016)
- A justa manifestação dos estudantes (coluna de Bruno Meirinho, publicada em 12 de outubro de 2016)
O fato é que os protestos do MBL são absolutamente pacíficos. Repudiamos a violência. Em nenhum momento coordenadores ou integrantes do movimento agrediram invasores de escolas. Pelo contrário: já divulgamos diversos vídeos em nossa página do Facebook mostrando invasores nos agredindo.
Mas os verdadeiros agressores são os militantes políticos que estão utilizando jovens como massa de manobra para promover uma agenda partidária cuja maior vítima são os estudantes. Por causa do incentivo de partidos políticos e de sindicatos de professores, milhares de alunos estão sem aula e, como se já não bastasse, um adolescente foi morto em uma ocupação.
As desculpas de que as invasões são “contra a PEC 241 por causa dos cortes na educação” e “contra a reforma no ensino médio” já não colam mais. Todos que leram a PEC sabem que não haverá nenhum tipo de corte na educação. Mais: todos que acompanham o Congresso Nacional viram que PT, PCdoB e PSol – partidos que apoiam as invasões – foram contra a aprovação de mais de R$ 1 bilhão para a educação. A PEC, na verdade, acaba com gastos irresponsáveis e, consequentemente, garante recursos para escolas e universidades.
A reforma no ensino médio, que já vinha sendo estudada e projetada há anos, é baseada em modelos como Coreia do Sul, França, Inglaterra, Portugal e Austrália. A ideia é melhorar a formação dos estudantes garantindo que eles tenham a liberdade de se aprofundar em matérias que sejam de seu interesse e, além disso, promover formação técnica para que os estudantes já saiam da escola preparados para o mercado de trabalho.
Como é que promover ocupações para se opor a essas pautas contribui para a educação? De nenhuma maneira. O verdadeiro objetivo desses sindicalistas e militantes políticos é utilizar jovens para fazer uma oposição irresponsável e sem princípios ao governo. Desmoralizados pelos escândalos de corrupção e pela incompetência na administração, os partidos que simpatizam com as invasões buscam desesperadamente uma maneira de reagir.
Tudo o que pais, alunos e o MBL querem é garantir que a Constituição seja cumprida e que todo estudante que queira estudar tenha esse direito fundamental garantido. Mesmo sofrendo agressões e sendo vítima de calúnias e difamações, o MBL continuará o seu trabalho. Para nós, a educação e a vida dos estudantes estão acima de qualquer interesse partidário.
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