A Câmara de Curitiba aprovou a proibição do Uber na cidade. Pressionada pelos taxistas, a maioria dos vereadores não viu outra alternativa senão aprovar o projeto que, na prática, impede o funcionamento do aplicativo na cidade.

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Para quem ainda não conhece, o Uber é um aplicativo que permite ao usuário chamar uma espécie de táxi amador para ir a algum lugar na cidade. Os motoristas do Uber seriam pessoas comuns que se cadastrariam no aplicativo para fazer uma renda extra. Por isso, o Uber já foi apresentado com um aplicativo de compartilhamento de caronas.

Cedo ou tarde, esse tipo de proibição não resistirá

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O impasse a respeito do Uber é desses problemas que a sociedade enfrenta quando novas tecnologias redefinem o padrão dos serviços. No caso dos táxis, existem reivindicações dos usuários por melhores serviços, sobretudo porque em alguns momentos faltam táxis para o atendimento da demanda.

Mas o processo de credenciamento dos táxis também é bastante truncado. Durante décadas, a cidade de Curitiba não ampliou a frota de táxis, uma falha grave da prefeitura, que alimentou a presença de empresas no controle das frotas com prejuízo à possibilidade de os motoristas serem donos de seus próprios táxis. E, quando a prefeitura abre novas vagas para a concessão de táxis, impõe custos e taxas altíssimas que pressionam os ganhos do trabalho. Como aceitar a concorrência de motoristas que não se submetem às mesmas exigências?

Mas, com as novas tecnologias, não é mais possível admitir processos de controle tão caros e burocráticos. A tendência é que a realidade passe por cima desses entraves. Cedo ou tarde, esse tipo de proibição não resistirá. A oposição dos taxistas pode ter motivos justos e, por isso mesmo, o sistema precisa mudar para todos, inclusive para o benefício dos taxistas, por exemplo. Sobretudo, para o benefício da sociedade.