Com a polêmica do fim do MinC, houve quem desmerecesse a importância da cultura, o que é um engano. Sejamos claros: o problema é como a Lei Rouanet beneficia uns e outros. Mas é evidente que cultura é importante. Assim como na agricultura, quando falamos em “cultura” estamos falando de cultivo: o da alma através da arte. Somos herdeiros de um patrimônio artístico que ajudou a construir os melhores frutos da civilização, sem o qual a maioria de nós não seria capaz de entender o mundo ao redor. Porém, nem tudo que recebe o rótulo de bem cultural, com a chancela do MinC, o é de fato. Cláudia Leitte e Felipe Scagliusi, por exemplo, não deveriam caber na mesma palavra “cultura”. Percival Puggina mostra que estamos comprando gato por lebre na defesa da cultura pela falta de senso do que é bom, belo e verdadeiro.
Educação em tempos de crise
Mozart Neves Ramos aponta quais são os desafios do novo ministro da Educação – e faz uma série de sugestões –, considerando que estamos num contexto de crise econômica, desemprego, déficit público de R$ 170 bilhões, ou seja, quando a sociedade está mais preocupada com o sustento do dia a dia do que com o alimento da inteligência.
Alta cultura não é ultrapassada
E falando em cultura, Joseph Pearce é quem vai explicar o quanto ela é indispensável para a civilização. “A beleza salvará o mundo”, dizia Dostoiévski, hoje muito bem endossado pelo filósofo Roger Scruton e pelo professor Gregory Wolfe. Sem ignorar que entretenimento é uma delícia e seu consumo é quase mandatório para relaxarmos da correria do mundo moderno, e sem ignorar os méritos da boa cultura popular, fato é que não podemos perder o legado da chamada “alta cultura”, que é o que de melhor os homens produziram em bens culturais ao longo dos séculos. Acredite: Mozart, Rubens, Shakespeare – a lista é interminável – são capazes de tornar melhores as pessoas. (artigo em inglês)