O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, endossou a iniciativa da Guarda Civil Metropolitana de retirar os colchões e até os cobertores dos moradores de rua, com o inverno batendo à porta. Precisamos admitir que nenhum político seria tão idiota de tomar essa decisão se não acreditasse que receberia apoio de pelo menos parte da sociedade. Sim, a caridade está fora de moda. Já perdi as contas de quantas vezes fui repreendida por dar esmolas, pagar almoços e coisas assim. “Vai facilitar a vida dessa gente que não quer trabalhar?”. Em vez de olharmos para os moradores de rua como leprosos, como um problema a ser eliminado, ofereçamos um tratamento digno a eles. Goethe ensinava: “trate um homem como ele é e ele remanescerá como é. Trate um homem como ele pode e deve ser e ele tornar-se-á como pode e deve ser”. O médico David Oliveira de Souza relata um caso de morte de um mendigo por hipotermia. Guardemos essa imagem para nos recordarmos de que somos todos humanos, e estamos todos no mesmo vale de lágrimas.
Desprezo aos pobres
A posição de Haddad de retirar os cobertores dos moradores de rua é justificada como forma de incentivo para que essas pessoas decidam deixar as ruas. Mesmo que isso seja verdade, a falta de empatia com o sofrimento alheio é gritante, porque se algumas pessoas morrerão por conta de sua decisão, a ele pouco importa. Talvez o prefeito nem os considere como pessoas, mas como estatísticas. Flavio Morgenstern mostra o perfil de gestão de Haddad.
Mito pedagógico
Frequentemente escutamos conselhos sobre o jeito certo de ensinar as crianças, com teorias e exemplos que parecem fazer sentido. Mas os frutos da educação serão de verdade colhidos quando as crianças se tornam adultas, de modo que muitas vezes é difícil aferir a eficácia de determinada abordagem pedagógica enquanto ela está em curso. Por sorte, a neurociência ajuda a responder algumas questões. Luiz Faria, com base em pesquisas científicas, desmente um dos mitos mais recorrentes em pedagogia moderna.
Nota: Haddad esclareceu que seu objetivo, ao mandar que retirassem colchões dos moradores de rua, era impedir a favelização dos espaços públicos, e que repreende o confisco dos cobertores e objetos pessoais.
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