| Foto: Jenny W./Free Images

A internet é mesmo terra de ninguém. No que diz respeito ao jornalismo, esbarramos com toda a sorte de notícias e análises nessa imensa rede que popularizou o acesso à informação, vinda de todos os cantos do mundo, de todos os tipos de fonte. E tem gente achando isso ruim. O motivo? O mais evidente é que os incautos estão caindo na armadilha das “falsas notícias”, que de fato pululam na web. Porém, quando analisamos muitas das notícias que ganharam o rótulo de “falsas” pelos jornalistas da grande mídia, especialmente a americana (e o Facebook irá aderir à moda com a #FakeNews), é possível notar um viés claríssimo: são, segundo eles, as “teorias malucas” vindas da direita (tipo as que sepultaram a candidatura de Hillary Clinton). Ou seja, não bastasse esses grandes veículos de mídia (já incluo o Facebook na equação) arrogarem-se o poder de classificar o que é falso e o que não é, como se o público leitor fosse completamente ingênuo e precisasse de proteção, fazem isso para atender a ditames de uma agenda política. Flávio Morgenstern comenta a ameaça à liberdade de expressão que se esconde no discurso contra as tais “notícias falsas”.

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Estágio dois

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No luto da maior parte dos jornalistas da grande mídia pela derrota de Hillary Clinton, passada a fase da negação – quando diziam que a eleição de Trump pegou a todos de surpresa, que não contavam com tamanha ignorância por parte do eleitor –, adentraram o estágio dois: o da raiva. Agora a moda é botar a culpa nas tais “notícias falsas”, cuja autoria remetem à direita, que maliciosamente estaria fomentando a violência, o discurso de ódio, a polarização para arrebanhar militância. Olavo de Carvalho mostra a trave no olho desses jornalistas.

Filtros e algorítimos

Jonathan Albright revela estar preocupado não com as “notícias falsas”, mas com a postura paternalista e autoritária de quem pensa que tem a prerrogativa de selecionar e rotular as informações que chegam ao grande público. (texto em inglês)

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