Se você pensa em fazer trocadilho com meu sobrenome, saiba que muitos já fizeram a mesma coisa antes. Desde pequeno me chamam de briguento. O engraçado é que a pessoa sempre acha que é a primeira a fazer o trocadilho. Quando alguém diz “Não vai brigar comigo, hein, Paulo Briguento!”, dou um sorriso e tento mudar de assunto. Não vou brigar com ninguém por isso.
Algo parecido ocorre quando pedem minha cabeça no jornal. O cara sempre acha que jamais tiveram a ideia de exigir a minha demissão sumária e que nunca ninguém antes ficou bravo com aquilo que escrevi. Na verdade, acontece sempre, companheiro. Meus chefes já estão acostumados. Até fazem piadas com o assunto.
Em relação ao PT e à CUT, o que incomoda não é a minha ignorância, mas o meu conhecimento
Olha, também não é a primeira vez que o pessoal do PT e da CUT me chama de ignorante. No tempo em que eu era de esquerda, eles tinham uma opinião bem diferente. Uma importante liderança petista, que depois até ocupou cargo na Esplanada dos Ministérios, afirmou certa vez que eu era “o melhor jornalista de Londrina”. Isso nunca foi verdade – há muitos profissionais melhores que eu na cidade. Mas uma coisa é certa: ou os petistas estavam sendo falsos antes, ou estão sendo falsos agora. Sinceridade não é o forte entre os filhos da CUT.
Aliás, a questão da ignorância depende do contexto. Perto de um Olavo de Carvalho, sou praticamente um analfabeto. Mas, em relação ao PT e à CUT, o que incomoda não é a minha ignorância, mas o meu conhecimento. Sei exatamente como essa turma pensa e age. Não é à toa que o Brasil virou este caos.
Meus comentários têm sido sistematicamente apagados em um grupo da internet que se diz contra a corrupção. O problema é que o referido grupo só tem olhos para a corrupção do PSDB e nenhum para a cleptocracia petista. Mas eles se enganam se acham que são os primeiros a me censurar. Se o “controle social da mídia” que o PT defende um dia for implantado, minhas crônicas só poderão trazer receitas de bolo e sonetos de Camões.
Também já me acostumei a ser xingado de “fascista” por pessoas que idolatram o Estado e de “vendido” por pessoas que justificam o assalto à Petrobras. Só não me avisaram ainda onde é que está esse dinheiro dos que compraram minhas opiniões.
O mais curioso é que os filhos da CUT nunca se manifestam pessoalmente; só me criticam quando bem protegidos atrás de um teclado. As pessoas que me param na rua sempre elogiam minhas crônicas. Tenho uma quantidade incalculável de oitavos leitores. Entre eles – fiquei feliz em saber – um dos mais importantes juristas do país, que recentemente enviou uma mensagem de apoio e congratulação a este briguento.
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