Quem: Julie Fank, escritora, professora, pesquisadora e fundadora da @escoladeescrita
O que indica: Trilogia Esboço
“Uma narradora que se esconde atrás do silêncio. Em Esboço, sem cair na lamúria do abandono, a recém separada Faye reescreve formas de escuta. É como se ela nos emprestasse o fone para que, juntas, ouvíssemos as melodias dos outros, acompanhando suas notas ao vivo. Em Trânsito, uma reforma do novo apartamento e uma mudança drástica de vida. A gente não só ouve, mas espia pela fresta prestes a ser demolida. Rachel Cusk se cola à personagem feito atriz. Kudos tem tudo para ser o último exemplar da minha trilogia predileta.”
Sobre a trilogia
“Rachel Cusk tem ampliado o espectro da literatura contemporânea ao desfilar uma protagonista que não tem a menor vontade de ocupar um palco. Ela nos acompanha ao longo de dois títulos já traduzidos pela editora Todavia que são parte de uma trilogia que termina com o romance Kudos”, escreve Julie Fank. Kudos, lançado em 2018, ainda não tem previsão de tradução para o português.
Onde comprar: No site da editora. Os primeiros volumes custam R$ 59,90, na versão brochura, e R$ 36 e R$ 39,90, respectivamente, na versão eBook.
Quem: André Porto, sommelier
O que indica: filme "O Julgamento de Paris"
“Eu indico um filme de 2008 que, apesar de antigo, traz uma narrativa muito legal. O filme fala sobre a histórica degustação de 1976 que opôs alguns dos mais clássicos vinhos franceses com vinhos californianos desconhecidos, e cujo resultado transformou a maneira como o vinho era visto no mundo. Foram escolhidos vinhos famosos da França: Château Haut-Brion como um dos Cabernets, e o Puligny-Montrachet Les Pucelles da Domaine Leflaive’s nos Chardonnays. Quando anunciaram os resultados da degustação dos tintos, a Califórnia saiu vencedora, com o vinho 1972 Stag’s Leap Wine Cellars. Tanto na competição de brancos como na de tintos, o Napa Valley ficou com o primeiro lugar. Isso foi o Julgamento de Paris. O filme mostra como os paradigmas podem ser quebrados.”
Sinopse
“O início da indústria do vinho, em Napa Valley, durante os anos 1970, resulta na vitória da vinícola californiana Chateau Montelena na competição internacional de melhor vinho em 1976, em Paris, responsável por colocar a localidade no mapa dos melhores produtores da bebida.”
