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Richa dá posse a Juraci Barbosa Sobrinho, tesoureiro da campanha do político ao governo do estado em 2014 e citada como tendo recebido recursos de caixa 2 da Odebrecht | Orlando Kissner/ANPr/Divulgação
Richa dá posse a Juraci Barbosa Sobrinho, tesoureiro da campanha do político ao governo do estado em 2014 e citada como tendo recebido recursos de caixa 2 da Odebrecht| Foto: Orlando Kissner/ANPr/Divulgação

As citações ao governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), no âmbito das delações da Odebrecht, chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, na última segunda-feira (12). O material, colhido pela Procuradoria Geral da República (PGR), agora está nas mãos do ministro Og Fernandes, que deve decidir se abre ou não inquérito. Um pedido de investigação contra o tucano, segundo a PGR, já foi feito pelo vice-procurador-geral da República, José Bonifácio Andrada. Mas, até o momento, de acordo com o STJ, não há nenhuma decisão ou diligência envolvendo o caso, que tramita em segredo de Justiça.

A partir da análise do material, o ministro do STJ pode autorizar a abertura de uma investigação contra Beto Richa. Neste caso, seria o terceiro inquérito contra o tucano em Brasília, pois ele já está sendo investigado na esteira da Operação Publicano e também por um caso envolvendo licenças concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na região do Porto de Paranaguá.

No caso da Odebrecht, consta que a campanha de reeleição do tucano, em 2014, teria recebido dinheiro da empreiteira via caixa 2.

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O ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht Benedicto Júnior relatou no âmbito da Operação Lava Jato que a empreiteira doou R$ 2,5 milhões sem registros oficiais. Em troca, a empresa ainda abateria tal montante do projeto de duplicação da PR-323, rodovia do Noroeste do Paraná.

Na prestação de contas entregue pelo tucano à Justiça Eleitoral, não há registro de doações da Odebrecht naquele ano.

O caso veio à tona em abril deste ano, quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou sua “segunda lista” de nomes ao Supremo Tribunal Federal (STF), todos implicados na Lava Jato. Devido ao foro por prerrogativa de função, o relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, encaminhou as peças que tratavam do governador do Paraná para o STJ, que é o foro competente para investigar e julgar um governador de estado.

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Na época, o governador do Paraná informou à imprensa que caberia a Juraci Barbosa Sobrinho, tesoureiro da sua campanha de reeleição, comentar o assunto. Em nota, Sobrinho disse, na ocasião, repudiar “toda e qualquer denúncia lastreada em ilações”. “Uma investigação mais aprofundada certamente demonstrará que as denúncias são falsas, e estas jamais poderão se sobrepor à verdade”, escreveu ele.

Nesta terça-feira (13), Sobrinho, que estava na Agência de Fomento Paraná, foi nomeado secretário de Planejamento de Beto Richa.

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