Um protesto de servidores públicos municipais interrompeu a sessão da Câmara de Curitiba na manhã desta quarta-feira (28), um dia após a Casa aprovar, em segundo turno, quatro medidas do pacote de ajuste fiscal enviado pelo prefeito Rafael Greca (PMN). Aos gritos, eles fustigaram os vereadores que votaram a favor das propostas, que atingem principalmente o funcionalismo. A manifestação obrigou o presidente Serginho do Posto (PSDB) a interromper os trabalhos logo após a leitura da ordem do dia, às 9h35.
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Gritos “vendido”, “cagão”, “covarde” e “safado” ecoaram pelas galerias, onde os servidores se concentraram. Do alto, eles atiraram notas falsas de dinheiro no plenário. Um “puxador” citava nomimalmente os vereadores que votaram a favor do pacote de ajuste fiscal, o que era seguido de um grito de “vendido” ou “vendida” pelos manifestantes. Depois, citaram os nomes dos parlamentares que rejeitaram as medidas propostas pela prefeitura e houve aplausos, com gritos de “me representa”. Segundo o Twitter da Câmara, chegou a haver uma ocupação do plenário.
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Em um ao vivo feito no Facebook pelo Sismuc - um dos sindicatos que representa os servidores, uma manifestante repetiu o mote de “tirar o sossego” dos vereadores e disse que o protesto irá se repetir todos os dias na Câmara.
Entre os gritos de guerra dos servidores estavam “Não tem arrego, você tira o meu direito a gente tira o seu sossego”; “Vereador vendido é bandido”; “Eu acredito na luta”; “Vendidos... Vendidos... Vendidos...” e “Aha, uhu, a galeria é nossa”.
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Após deixarem as galerias, os manifestantes fizeram uma caminhada pela Avenida Visconde de Guarapuava. Com um caixão representando a “perda de direitos”, eles interromperam brevemente o fluxo de veículos na via. E voltaram à escadaria de acesso do Palácio Rio Branco, sede do Legislativo municipal.
Em frente à Câmara, o Sismmac, que representa os professores municipais, armou um varal com fotos do confronto entre servidores e policiais militares, ocorrido durante a votação do pacote em primeiro turno, na Ópera de Arame, na última segunda-feira (26). Também foram penduradas fotos dos vereadores que votaram a favor das medidas.
Sessão é retomada e revisão da meta fiscal é aprovada
Por volta das 11h50, a sessão foi retomada com a posterior aprovação da revisão da meta fiscal da prefeitura de Curitiba para 2017. Com isso, a previsão de déficit foi revista para cerca de R$ 2,2 bilhões este ano.
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