Entre 2005 e 2015, o Paraná conseguiu reduzir a taxa de homicídios, mostra o Atlas da Violência 2017, divulgado na manhã desta segunda-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Houve um pico de mortes violentas em 2009 e 2010, mas de lá para cá os índices foram se reduzindo gradativamente.
Entretanto, a taxa observada em 2015, de 26,3 mortes a cada 100 mil habitantes, ainda é considerada muito alta. O estudo, feito em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), destaca que o índice nacional está em 28,9, o que mostra a “naturalização do fenômeno” e também o “descompromisso por parte de autoridades nos níveis federal, estadual e municipal com a complexa agenda da segurança”.
INFOGRÁFICO: veja os dados por estado nos últimos cinco e dez anos
Em 2005, o Paraná tinha taxa de 29 mortes a cada 100 mil habitantes. Foram utilizados dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, dos casos de agressão e de intervenção policial. Em 2010, o índice estava em 34,3. De lá para cá, o Paraná foi um dos estados com maior redução na taxa, atrás apenas do Espírito Santo.
A comparação com outros estados é prejudicada, porém, por subterfúgios para notificação de mortes causadas pela ação policial e de casos de morte violenta com causa indeterminada (MVCI). O SIM leva em conta mortes causadas por policiais, mas o estudo mostra que as próprias secretarias de segurança trabalham com números mais elevados.
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Cidades
Em busca de um cenário mais completo, o estudo somou os dados de homicídio com os de MVCI para mostrar quais cidades com população acima de 100 mil são as mais violentas. Piraquara, com taxa de 87,1 aparece em 8º lugar, a pior colocação para uma cidade fora das regiões Norte e Nordeste. Está atrás de: Altamira (PA); Lauro de Freitas (BA); Nossa Senhora do Socorro (SE); São José de Ribamar (MA); Simões Filho (BA); Maracanaú (CE); e Teixeira de Freitas (BA). Almirante Tamandaré teve taxa de 76,2, e aparece como a 17ª cidade mais violenta em 2015.
Entre as capitais, Curitiba está no grupo de menores taxas (32 mortes por 100 mil), mas com índice bem mais alto que outras cidades desenvolvidas: Florianópolis (13,4); São Paulo (17,3); Campo Grande (23,4); Rio de Janeiro (28,8); Belo Horizonte (29); e Vitória (30,1).
As capitais mais violentas estão no Nordeste: Fortaleza (78,1); São Luís (73,9) e Natal (61,8).
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