Após a aprovação de quatro projetos do pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN), um grupo de manifestantes ocupou a recepção e o Salão Nobre da prefeitura de Curitiba. O expediente foi suspenso e os funcionários administrativos da prefeitura foram dispensados. Após os manifestantes terem se negado a desocupar o espaço, a Guarda Municipal (GM) fechou as portas do prédio e passou a impedir a entrada de água e comida.
Por volta das 18 horas, um grupo de seis pessoas deixou o prédio pela entrada principal diante da negativa de Greca em recebê-los pessoalmente. Segundo eles, pelo menos outros oito manifestantes chegaram a permanecer no Salão Nobre − o número poderia ser maior, já que a imprensa não teve acesso ao local − e não pretendiam sair enquanto não houvesse uma decisão a respeito do pedido de reintegração de posse já feito à Justiça pela administração municipal. A intenção deles era, se necessário, dormir na prefeitura em protesto ao pacotaço, mesmo estando impedidos de receber água e alimentos além dos que já carregavam quando entraram no prédio.
A prefeitura informou que conseguiu a decisão judicial para reintegração de posse e que ela foi cumprida às 21h40. A administração informou que os seis manifestantes saíram pacificamente e que não houve confronto.
VÍDEO: servidores têm novo grito de guerra contra o ajuste fiscal
Os servidores chegaram ao prédio por volta das 12h30. Inicialmente, eles haviam se concentrado na entrada do gabinete do prefeito, mas foram até o salão com a promessa de que seriam ouvidos pelo secretario de Governo, Luiz Jamur, que não apareceu. Cerca de 20 manifestantes se mantiveram no Salão Nobre e outros 20 ficaram na recepção. Após às 17 horas, apenas dez permaneciam no local, sendo que o resto se dispersou.
FOTOS: veja imagens do protesto dentro do Palácio 29 de Março
O protesto fez a prefeitura encerrar o expediente dos funcionários e de atendimento. Os guardas municipais que estão dentro do prédio impediam qualquer circulação de pessoas nas escadas. Quem estava no salão não podia descer, enquanto quem estava na recepção não podia acessar o patamar superior. Inclusive a imprensa ficou impedida de subir por algumas horas, e só pode ir até os manifestantes que ocupam o segundo andar por alguns minutos para fazer imagens.
VEJA COMO FOI: o tempo real da votação do ajuste pela Câmara
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, não houve a conversa com o secretário porque os manifestantes presentes “não fazem parte da comissão de negociação.” Por volta das 15h30, o inspetor-chefe da Guarda Municipal, Odgar Nunes Cardoso, avisou aos manifestantes que o prédio seria lacrado, sendo que os manifestantes só serão autorizados a sair, nada mais a entrar. Os integrantes do protesto disseram que iriam permanecer no prédio.
Na manhã desta segunda-feira, sob fortes protestos e confronto entre servidores e policiais, a Câmara de Curitiba aprovou parte das medidas do pacote de ajuste fiscal, proposto pelo prefeito. Houve presos e feridos em virtude dos enfrentamentos.
Ato na Secretaria de Educação
Enquanto a grande maioria dos manifestantes estava reunida nas imediações da Ópera de Arame, um grupo de cerca de 30 pessoas foi ao Edifício Delta, sede da Secretaria de Educação de Curitiba, tentar falar com a secretária, Maria Silvia Bacila Winkeler. O prédio, que fica na Rua João Gualberto, abriga diversas secretarias do governo municipal.
O pedido do grupo era para ter uma conversa com a secretária e entregar um documento com as pautas de reivindicação do Sismmac, mas o grupo não foi atendido. À associação, então, foi indicado que protocolassem o pedido de reunião juntamente com o documento, o que foi feito.
Segundo a assessoria da prefeitura, como forma de prevenir qualquer confronto, a administração municipal decidiu encerrar o expediente dos dois prédios (Edifício Delta e Palácio 29 de Março) às 15 horas. Algumas secretarias descentralizadas seguem funcionando normalmente, apenas as que não ficam na região do Centro Cívico.
Nota oficial da prefeitura sobre o protesto no palácio
Por questões de segurança, a Prefeitura de Curitiba encerrou o expediente dos funcionários do Palácio 29 de Março mais cedo nesta segunda-feira, 26/6.
Sob ameaça de invasão do prédio, os trabalhos foram encerrados às 14h20, a fim de se evitar confrontos.
Após a votação pela manhã de quatro projetos que compõem o Plano de Recuperação de Curitiba, em sessão da Câmara Municipal realizada na Ópera de Arame, manifestantes programaram protestos para o prédio central.
A segurança do prédio foi reforçada.
A sessão dos vereadores já havia sido mudada de local – do prédio da Casa Legislativa para a Ópera – em decorrência da confusão e invasão de plenário realizada em sessões anteriores.
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