A Polícia Federal encontrou digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima no “bunker” que escondia R$ 51 milhões em dinheiro em espécie, em Salvador.
A reportagem apurou que, na busca e apreensão realizada no local, ainda foram identificadas digitais de uma pessoa ligada ao político.
A operação, batizada de Tesouro Perdido, ocorreu na última terça-feira (5), com autorização do juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.
A polícia apresentou na quarta (6) um relatório contando tudo que encontrou na busca e apreensão.
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O documentou foi entregue ao juiz e depois foi para o Ministério Público Federal, onde está até o momento.
A Tesouro Perdido é um desdobramento da Operação Cui Bono, que investiga fraudes cometidas na liberação e empréstimos de recursos da Caixa Econômica Federal.
O ex-ministro ocupou uma das vice-presidências do banco, a de Pessoa Jurídica, entre 2011 e 2013.
Segundo explicou a polícia ao pedir a busca e apreensão, uma denúncia foi feita em julho alertando que a residência em um prédio da capital baiana estaria sendo utilizada por Geddel para guardar documentos.
A expectativa é de que haja novas solicitações de diligências ainda nesta semana.
O operador financeiro Lucio Funaro, preso desde julho do ano passado e também alvo da Cui Bono, afirmou em depoimento à PF em junho ter pago em espécie a Geddel um total de R$ 20 milhões por “operações” na Caixa.
O montante, de R$ 51 milhões, em notas de reais e dólares, surpreendeu os investigadores, que tinham a expectativa de achar um total de R$ 15 milhões.
Quase 48 horas após a operação, o advogado de Geddel, Gamil Föppel, ainda não se pronunciou sobre a apreensão, não atende ligações nem responde mensagens enviadas pela reportagem.
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Antes, o ex-ministro vinha negando irregularidades e dizendo que provaria que é inocente de todas as acusações que está sofrendo desde o fim do ano passado.
Apartamento
O empresário Sílvio Antônio Cabral da Silveira afirmou em depoimento à Polícia Federal que emprestou ao ex-ministro o apartamento em que foram encontrados R$ 51 milhões em espécie.
Intimado a depor na terça, Sílvio Silveira compareceu espontaneamente à Superintendência da Polícia Federal na capital baiana.
À PF, o empresário informou que o imóvel foi solicitado sob alegação de que Geddel pretendia guardar pertences do pai, o ex-deputado federal Afrísio Vieira Lima, morto no ano passado.
Ele também informou à polícia que Geddel seria um “conhecido” seu e que, por isso, emprestou. Não houve contrato de aluguel ou de empréstimo do imóvel
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