O presidente da República, Michel Temer, que participou de reuniões no período da manhã desta quinta-feira (6) para tratar da Reforma da Previdência, disse, em entrevista à Radio Bandeirantes, que o governo já admite “flexibilizar a reforma da Previdência”. “Estava conversando sobre a reforma da Previdência, permitindo que se faça as alterações necessárias, porque isso faz parte do diálogo do Legislativo com o Executivo” , afirmou.
Segundo o presidente, o relator da matéria, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) tem trazido ponderações dos parlamentares em relação a alguns pontos como a aposentadoria rural e os benefícios de prestação continuada. Temer afirmou que deu permissão para que se façam “os acordos necessários nesses tópicos, desde que se mantenha a idade mínima”.
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Ao ser questionado sobre as dificuldades para parlamentares apoiarem o governo em medidas impopulares por conta do processo eleitoral, Temer afirmou: “Nós vamos flexibilizar as regras, o aposentado não terá prejuízo nenhum.”
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Leia a matéria completaDisse ainda que os direitos adquiridos não serão retirados. “No sistema que nós estamos fazendo a aposentadoria será até maior do que hoje”, completou, ressaltando que atualmente a média paga nas aposentadoria é de 76% a 80% e que quase ninguém recebe o benefício integral.
Temer disse que, no caso da terceirização, o projeto foi “absolutamente por conta do Congresso”, mas que ele examinou a matéria com “muito cuidado” para não causar prejuízos ao trabalhador.
Ele reforçou que, pela Previdência, o governo está atuando e trabalhando para obter os 308 votos necessários para sua aprovação na Câmara.
O presidente lembrou ainda que no caso da aprovação da PEC do teto dos gastos, que também era uma matéria difícil, o governo conseguiu 366 votos e no Senado o mesmo porcentual”. “Em todas as medidas que estamos propondo temos tido apoio.”
Placar da Previdência
Apesar da confiança do presidente, a atualização do Placar da Previdência, levantamento realizado pelo Grupo Estado com deputados a respeito de reforma que tramita na Câmara, mostra que o número de parlamentares contrários à proposta subiu para 251, enquanto os que são a favor caíram para 95.
Às 8h27, havia 35 indecisos; 54 não quiseram responder; 77 não foram encontrados e um disse que deve se abster.
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