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Pela quinta semana consecutiva, o Ministério da Saúde registrou queda acentuada no número de casos graves da gripe A (H1N1), a gripe suína. Segundo o ministério, o número de notificações da semana passada é 65 vezes menor do que o registrado entre os dias 2 e 8 de agosto. As notificações diminuíram de 2.283 casos para 35 nesse período.

O Brasil ainda é o país com mais mortes no mundo: 899 no total, registradas até 12 de setembro. Entre os estados, o Paraná está com a maior taxa de mortalidade: 2,08 mortes a cada 100 mil habitantes, seguido por Rio Grande do Sul e São Paulo. A Secretaria de Estado da Saúde alega que a taxa do Paraná é maior devido à agilidade no processamento dos exames. O estado não tem exames acumulados e os resultados ficam prontos em no máximo 48 horas, diz a secretaria.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reconheceu ontem que há no país um acúmulo de amostras a serem testadas em laboratório. Ele afirmou que a pasta está fazendo um grande esforço para atualizar os dados e liberar os laudos dos pacientes. Perguntado sobre a quantidade do medicamento Tamiflu disponível no país, Temporão lembrou que há apenas um fabricante do remédio, o que provoca atrasos na entrega. "Ficamos totalmente nas mãos do fabricante", alegou.

Segundo o ministro, a demanda de pacientes caiu drasticamente no país e, por isso, os estados já começaram a desmobilizar os centros de atendimento específicos para a doença. Mas o alerta, segundo ele, está mantido. "Sabemos que, mesmo durante o período mais quente, possivelmente teremos casos", disse. A expectativa é de que a segunda onda da doença venha no período mais frio. De acordo com Temporão, o país terá duas questões de saúde pública para dar conta em 2010: a nova gripe e a dengue.

Números

De acordo com o ministério, os países com as maiores taxas de mortalidade estão no Hemisfério Sul. "É onde a pandemia atualmente apresenta maior impacto por causa do inverno. Os países do Hemisfério Norte, que estão no verão, têm atualmente uma transmissão significativamente menor", diz o órgão, em nota. Já na análise proporcional à população, o Brasil ocupa a quinta posição, com 0,47 mortes a cada 100 mil habitantes.

Entre 25 de abril e 12 de se­­tembro, foram confirmados laboratorialmente no país 10.401 casos graves para algum tipo de gripe, dos quais 9.249 (88,9%) deram positivo para o novo vírus. Entre os pacientes havia 856 gestantes, e 91 delas morreram.

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