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Centro cirúrgico em Londrina: situação da gripe ficou menos grave e permite volta de cirurgias eletivas | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Centro cirúrgico em Londrina: situação da gripe ficou menos grave e permite volta de cirurgias eletivas| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Com 209 mortes, PR tem maior taxa do país

Sete novas mortes causadas pela gripe A foram confirmadas no Paraná ontem, no novo boletim epidemiológico da Se­­cretaria de Estado da Saúde. O número total de óbitos em razão da doença no estado chegou a 209. As novas mortes foram confirmadas nas regiões de Curitiba (2), Ponta Grossa (1), Foz do Iguaçu (2), Cascavel (1) e Maringá (1).

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Vacina sai em poucos dias, afirma OMS

As primeiras doses da vacina para a gripe suína deverão estar disponíveis para os governos dos países do mundo inteiro ainda em setembro, confirmou ontem a diretora da Iniciativa para Pesquisa de Vacinas da Orga­nização Mundial de Saúde (OMS), Marie-Paule Kieny. As informações são da Agência Brasil. "Nenhum país terá vacina suficiente para toda a população desde o primeiro dia em que ela estiver disponível. Por isso os países terão que escolher o que priorizar", afirmou.

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A partir de hoje o Paraná voltará a realizar cirurgias eletivas em todo o estado. A decisão de proibir esses procedimentos foi tomada há um mês pela Se­­cretaria de Saúde do Estado do Paraná, durou 30 dias e teve o objetivo de garantir uma reserva técnica de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes infectados com o vírus H1N1, causador da gripe A. Na época, o Paraná passava por uma semana de grande contágio pelo vírus. A secretaria informou que a medida era preventiva e visava assegurar que quem estivesse com a gripe A pudesse ter atendimento adequado.

A suspensão atingiu hospitais públicos e os privados que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cirurgias que não eram emergenciais, mas exigiam a ocupação de leitos de UTI, ficaram suspensas. Ainda não há um levantamento de quantos procedimentos deixaram de ser realizados no período.

Para especialistas, a volta das cirurgias significa que o pior já passou. Pelo menos por enquanto, já que como ainda não se conhece o H1N1 suficientemente bem a ponto de prever como será seu comportamento e pode ser que o inverno no Hemisfério Norte influencie o vírus aqui. Apesar dessas ressalvas, infectologistas afirmam que a diminuição do número de casos era esperada, já que esse é o padrão das epidemias. Há um pico e depois uma redução da quantidade de infectados. Coordenador do Serviço de Clínica Médica e In­­fectologia do Hospital Evan­gélico, Sérgio Penteado diz que nesta semana nenhum paciente grave foi atendido na instituição. Antes a rotina era ter semanalmente mais de três.

Penteado diz que há vários fatores que influenciaram nessa queda, mas os principais foram a liberação do Tamiflu, a informação da população e a diminuição do número de pessoas suscetíveis a contrair o H1N1. Ele conta que há consenso entre os médicos de que as medidas de higiene adotadas pela sociedade foram decisivas na redução. "Na pediatria, houve uma mudança sensível. E foi global, não abrangeu só a gripe A, mas também outras enfermidades."

O infectologista Felipe Fran­cisco Tuon tem opinião semelhante. Ele afirma que houve uma queda tanto no número de infectados quanto de óbitos. Tuon diz que, diante da infraestrutura encontrada no estado, a situação exigiu que as cirurgias agendadas fossem adiadas. "Não sabíamos como seria o desfecho da história e nem a dimensão do problema." Ele lembra, no en­­tanto, que mesmo com a aparente tranquilidade a prevenção deve continuar. "Os hábitos de higiene devem ser perenes. Ainda não há como prever como serão os próximos meses".

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