Tempo

Cada minuto conta:

- Até 4h30 depois de um AVC: podem ser usados medicamentos para dissolver o coágulo e desobstruir a artéria.

- Até 6 h depois de um AVC: podem ser feitos procedimentos de intervenção, como colocação de um cateter, stent ou drenagem do coágulo.

- 48 h depois do AVC: podem ser usados medicamentos que atuam nas artérias, deixando o sangue mais fino para evitar a coagulação.

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Corrida contra o relógio

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Para uma pessoa que sofre um Acidente Vascular Cerebral (AVC), cada minuto faz diferença. O acesso rápido ao atendimento hospitalar pode conter a destruição dos tecidos cerebrais, que param de receber sangue por conta do derrame. "Quanto mais o tempo passa, mais células se degeneram. Se o atendimento for rápido, o risco de lesões definitivas será menor", explica o vice-pre­­sidente da Academia Brasi­leira de Neuro­­logia (ABNeuro), Rubens José Gagliardi.

Em casa, os primeiros socorros devem se limitar a manter a respiração do paciente enquanto vem o socorro, impedir que ele caia e, em caso de vômitos, manter o rosto da pessoa virado para que o conteúdo não seja aspirado. É preciso também evitar dar líquidos, pois não é possível saber se o paciente será capaz de engolir. Já no hospital, a pessoa poderá receber medicamentos que desobstruem a artéria ou então passar por procedimentos cirúrgicos que interrompem a hemorragia.

"O tempo pode salvar o paciente de sequelas e até mesmo da morte. O ideal é procurar um hospital o mais rápido possível, mas poucos locais têm tecnologia e estrutura adequadas para este atendimento", observa o diretor do Instituto de Neuro­­logia de Curitiba e professor de Neuroanatomia do curso de Medicina da Universidade Fede­­ral do Paraná (UFPR), Murilo Meneses. No hospital, uma tomografia permite aos médicos saber se o AVC é hemorrágico ou isquêmico. Assim, podem ser definidas as melhores formas de ação.