Pelo menos três hospitais de Curitiba reservaram alas exclusivas para o atendimentos de pacientes com o vírus H1N1. No Hospital do Trabalhador foram gastos quase R$ 1 milhão para o serviço. O Santa Cruz, que não atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), gastou R$ 153 mil para ampliar sua estrutura, fora os recursos humanos e outros materiais de consumo. No Trabalhador, foram R$ 857 mil em equipamentos diversos e R$ 75 mil em equipamentos de proteção individual totalizando R$ 932 mil.
No Hospital de Clínicas, que não divulgou os gastos totais, o uso diário da máscara passou de 5 para 339 por dia. Nas três instituições houve aumento do consumo de materiais como aventais, gorros, óculos, luvas e álcool.
Além disso, houve aumento de despesa com pessoal. O Santa Cruz teve de contratar 50 novos profissionais para atender os pacientes com sintomas da gripe. O isolamento de pacientes com o H1N1 no sexto andar da instituição tem um custo de aproximadamente R$ 90 mil mensais.
Superintendente administrativa do Evangélico, Karina Kaminski diz que o que mais pesou na contabilidade do hospital foi o aumento absurdo do valor do álcool gel que chegou a 900%. O preço das máscaras também dobrou. Álvaro Luis Lopes Quintas, diretor geral da Aliança Saúde, responsável pela Santa Casa e Cajuru, diz que a preocupação com a higienização dos locais aumentou e que houve despesas com a expansão dos ambulatórios para quem tem o H1N1.
Segundo Benno Kreisel, da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), a diária de um leito hospitalar custa de R$ 600 a R$ 900 . Em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) o gasto não sai por menos de R$ 1.500, sem contar as despesas com equipe médica e medicamentos.
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