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O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) deverá deixar de realizar cerca de 1.529 consultas eletivas programadas para esta terça-feira (12) devido a paralisação dos médicos contra a redução dos salários. Apenas o atendimento de urgência e emergência será mantido ao longo do dia. A categoria é contra a Medida Provisória (MP) nº 568, de 2012, que trata da remuneração e da jornada de trabalho de profissionais de saúde.

Uma assembleia da categoria discute o rumo do protesto a partir das 9 horas. Em seguida, os médicos fazem uma passeata do HC até a frente do prédio histórico da UFPR, na praça Santos Andrade. Os médicos devem usar roupas pretas e utilizar um carro de som para explicar os motivos da paralisação.

De acordo com a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), o texto da medida provisória prevê que profissionais que atualmente mantêm jornada de 20 horas semanais no serviço público, ao ingressar na carreira, tenham que cumprir 40 horas semanais e receber o mesmo valor – uma redução de 50% na remuneração.

Segundo a administração do hospital, o número de cirurgias programadas para esta terça deve diminuir devido a paralisação. Em média, de 35 a 40 procedimentos cirúrgicos são realizados por dia. No início da manhã, apenas 15 deles estavam programados, todos considerados de urgência. Porém, a assessoria do HC informou que um balanço preciso das consultas e das cirurgias canceladas só deve sair no fim do dia.

Remarcação

Parte das consultas já estaria sendo remarcada, segundo a direção do HC. A informação divulgada é que os pacientes que foram ao hospital nesta terça foram encaminhados para a Central de Agendamento para reprogramar o dia do atendimento.

Quem não foi ao HC deve entrar em contato por meio do telefone (41) 3360-7833 para remarcar a consulta. Se a pessoa souber em qual ambulatório seria atendida nesta terça, poderá telefonar diretamente para o setor. A relação com os telefones dos ambulatórios está disponível no site do Hospital de Clínicas.

Greve

Os servidores técnico-administrativos das universidades federais e do Hospital de Clínicas entraram em greve por tempo indeterminado na segunda-feira (11). Ainda não havia balanço dos serviços afetados.

A categoria reivindica piso salarial de três salários mínimos, incentivos à qualificação profissional e isonomia de salários e benefícios entre os Três Poderes.

Os professores das universidades federais entraram em greve por tempo indeterminado em 21 de maio.

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