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Cerca de 400 médicos do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, irão realizar um novo protesto na próxima sexta-feira (15) para pedir alterações na Medida Provisória (MP) nº 568, de 2012, que trata da remuneração e da jornada de trabalho de profissionais de saúde. Pela sexta vez, os profissionais irão manter apenas o atendimento de urgência e emergência. Nesta terça-feira (12), a mobilização contou com a adesão de 300 médicos que atuam no HC.

A paralisação impediu a realização de 1.529 consultas eletivas (sem caráter de urgência)e exames feitas por médicos que estavam previstas para esta terça-feira. Já as 15 cirurgias que envolviam pacientes de risco, também marcadas para esta terça, foram todas realizadas, garantiu a assessoria de marketing da instituição. Os procedimentos incluíam neurocirurgias, cirurgias cardíacas e de pacientes com câncer. O setor de urgência e emergência não foi afetado, afirmou o HC.

O hospital disse que os pacientes que foram ao hospital e perderam a viagem conseguiram reagendar as consultas no próprio local. Já os que não compareceram podem remarcá-las pelo telefone (41) 3360-7833. O telefone pode ser usado ainda para dúvidas sobre as consultas e cirurgias agendadas para a próxima sexta, data de um novo protesto.

Além dos médicos, 40 técnico-administrativos pararam, de um total de 1,9 mil, mas, de acordo com o HC, o atendimento não foi prejudicado.

Eduardo Ferreira Lourenço, relator da Comissão dos Médicos do HC Contrários à MP 568/12, explicou que decisão de um novo protesto foi tomada em assembleia pelos médicos realizada no próprio HC na manhã desta terça. "Vamos fazer uma nova paralisação na sexta para acompanhar a relatoria da MP no Congresso", explicou.

Na manhã desta terça, os médicos realizaram uma passeata do HC até a frente do prédio histórico da UFPR, na praça Santos Andrade. Os médicos usaram roupas pretas e um carro de som para explicar os motivos da paralisação.

O protesto foi organizado nacionalmente. De acordo com a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), o texto da medida provisória prevê que profissionais que atualmente mantêm jornada de 20 horas semanais no serviço público, ao ingressar na carreira, tenham que cumprir 40 horas semanais e receber o mesmo valor – uma redução de 50% na remuneração.

Remarcação

Se a pessoa souber em qual ambulatório seria atendida nesta terça, poderá telefonar diretamente para o setor. A relação com os telefones dos ambulatórios está disponível no site do Hospital de Clínicas.

Greve

Os servidores técnico-administrativos das universidades federais e do Hospital de Clínicas entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (11). Ainda não havia balanço dos serviços afetados.

A categoria reivindica piso salarial de três salários mínimos, incentivos à qualificação profissional e isonomia de salários e benefícios entre os Três Poderes.

Os professores das universidades federais entraram em greve por tempo indeterminado em 21 de maio.

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