Foram 26 dias entre a primeira consulta de Vanessa e o diagnóstico da doença
- RPC TV Cultura
Tira-dúvidas
Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :
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Uma moradora de São Carlos do Ivaí, a cerca de 70 km de Maringá, morreu de gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, sem que a doença fosse identificada a tempo pelos médicos. Vanessa Astrath, 26 anos, foi atendida por profissionais de três cidades. Em um posto de saúde de Paraíso do Norte, suspeitou-se que ela estivesse com dengue, conforme mostra reportagem do Paraná TV 1ª Edição, da RPCTV, desta sexta-feira (28).
A mulher procurou atendimento médico pela primeira vez logo depois de apresentar sintomas da nova gripe, como dores pelo corpo, febre e tosse. Ela fez duas consultas no Hospital Municipal Nossa Senhora das Graças, o único de São Carlos do Ivaí.
Como foi medicada e não melhorou, Vanessa seguiu para Paraíso do Norte, onde, em uma semana, recebeu atendimento de seis médicos, sem que a suspeita da nova doença fosse levantada.
Em estado de saúde crítico, ela foi para Paranavaí e, depois de passar por exames e ser internada na UTI, descobriu que estava contaminada com a gripe A. Foram 26 dias entre a primeira consulta e a morte de Vanessa, em 16 de agosto.
Fabiano Batista, viúvo da vítima, ficou revoltado com a situação e procurou o Ministério Público de Paraíso do Norte, que deve abrir um inquérito para apurar a morte da mulher. A família também fez denúncia às Regionais de Saúde e ao Conselho Regional de Medicina (CRM), que abriu dois processos administrativos para saber se houve erro no atendimento.
A reportagem entrou em contato com o diretor municipal de Saúde de São Carlos do Ivaí, Jair Alves de Queiroz, que afirmou que não iria se manifestar por telefone. O secretário de Paraíso do Norte, Elton Carlos Guelf, estava atendendo no hospital da cidade e não pode falar com a reportagem.