Nova gripe causou 39 mortes no Paraná

• 0

Oito novas mortes por causa da gripe A no Paraná foram confirmadas na tarde desta segunda-feira (10). O anúncio foi feito pelo secretario estadual de Saúde, Gilberto Martin, em pronunciamento na Assembleia Legislativa, em Curitiba. O número de mortes ocasionadas pela nova gripe no estado chegou a 39.

Cinco dos oito óbitos aconteceram na região de Curitiba, um na região de Maringá, um na região de Jacarezinho e outro na região de Campo Mourão. Além disso, 166 novos casos da gripe suína foram confirmados no Paraná. Ao todo, 950 situações foram confirmadas.

Quatro das cinco mortes da região da capital foram de vítimas do sexo masculino – três adultos jovens (com idades entre 20 e 40 anos) e um adulto (entre 41 e 65 anos). A outra morte foi de uma mulher entre 20 e 40 anos de idade. As mortes ocorreram entre 25 de julho e 2 de agosto.

O óbito da região de Maringá ocorreu no dia 7 de agosto. A vítima era do sexo masculino e era um adulto jovem. Já na região de Jacarezinho, a morte confirmada foi de uma mulher. Ela tinha entre 20 e 40 anos e morreu no dia 5 de agosto. E o óbito da região de Campo Mourão ocorreu no dia 26 de julho. Tratava-se de um adulto do sexo masculino.

Casos confirmados

O número de casos confirmados da nova gripe no estado subiu de 784 para 950, de acordo com o 44º Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SESA). Outras 1.000 amostras ainda serão analisadas e 1.476 casos suspeitos foram descartados, dos quais 16 exames eram de pessoas que morreram.

Os 950 casos confirmados da gripe A foram registrados nas regionais de saúde: Curitiba (621), Paranaguá (16), Ponta Grossa (21), Irati (10), Guarapuava (4), União da Vitória (7), Pato Branco (2), Francisco Beltrão (5), Foz do Iguaçu (31), Cascavel (20), Campo Mourão (13), Umuarama (4), Cianorte (12), Paranavaí (8), Maringá (19), Apucarana (7), Londrina (47), Cornélio Procópio (38), Jacarezinho (9), Toledo (10) e Telêmaco Borba (2).

Sessão plenária

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Martin, foi convocado à Assembleia Legislativa para dar esclarecimentos sobre a nova gripe aos deputados estaduais. Martin disse que nesse momento não há necessidade da paralisação do comércio e dos serviços essenciais, pois seria uma medida de pouco impacto na contenção do vírus H1N1. No entanto, defendeu que a paralisação das escolas foi necessária e eficaz.

Ele ressaltou a importância da prevenção contra a doença e da higiene. O secretário também foi questionado se haveria necessidade da mudança de horário do comércio em Curitiba, como forma de se evitar aglomerações no transporte coletivo. Martin novamente afirmou que não havia necessidade disso por causa da pouca eficácia. Disse que se deve fazer a higienização constante das mãos e deixar as janelas dos ônibus abertas.

Mensagens na internet sobre a nova gripe

O secretário estadual de Saúde falou também das mensagens que circulam na internet sobre as mortes ocasionadas pela nova gripe e que supostamente estariam sendo "escondidas" da população. Martin classificou essas mensagens como "lendas urbanas" e disse que não se deve levar em consideração esse "terrorismo virtual".

"Todo trabalho e esforço da Secretaria da Saúde em repassar informações verdadeiras, com base em investigações criteriosas e avaliações técnicas, é prejudicado pela reprodução de mensagens e e-mails sem fundamento, que servem apenas para causar um pânico na população", afirmou em entrevista à Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do governo estadual. Martin disse ainda que não há motivo para pânico e que estão sendo tomadas as medidas necessárias para tratar do novo vírus.

Bancos

Na manhã desta segunda-feira (10) passaram a vigorar medidas preventivas contra gripe A nos bancos de Curitiba e região metropolitana. Isso porque a Justiça do Trabalho determinou na sexta-feira (7), entre outras medidas, que o fluxo de pessoas no interior das agências bancárias fosse reduzido para que se diminuísse o risco de contaminação pelo vírus Influenza A (H1N1).

Dessa forma, as filas estão sendo formadas do lado de fora dos bancos.

Nas agências que têm até quatro caixas manuais (de atendimento por bancários), podem permanecer no interior do setor de atendimento no máximo dez clientes de cada vez. Nos bancos com cinco a oito funcionários no atendimento, o limite é de 20 clientes, e assim por diante. Não há limitação de circulação no espaço destinado aos caixas eletrônicos.