Tira-dúvidas
Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :
- Imprima o cartaz com as principais informações sobre a Gripe A
Pane no sistema da Caixa coincidiu com o dia de início da nova determinação e gerou confusão
- RPC TV
Desde a manhã desta segunda-feira (10), clientes de vários bancos de Curitiba e região metropolitana estão tendo de esperar por atendimento do lado de fora das agências. Uma decisão da Justiça do Trabalho, deferida na última sexta-feira (7), determina, entre outras medidas, que as instituições restrinjam o fluxo de pessoas no interior das unidades bancárias para reduzir o risco de contaminação pelo vírus Influenza A (H1N1). Para não haver aglomerações em ambiente fechado, as filas estão sendo deslocadas para o lado de fora dos bancos.
A decisão liminar, que vale até o dia 17, exige que, para as agências que têm até quatro caixas manuais (de atendimento por bancários), podem permanecer no interior do setor de atendimento no máximo dez clientes de cada vez. Nos bancos com cinco a oito funcionários no atendimento, o limite é de 20 clientes, e assim por diante. Não há limitação de circulação no espaço destinado aos caixas eletrônicos.
Outras ações que devem ser adotadas pelos bancos são colocar à disposição do público álcool gel ou álcool líquido com concentração de 70% e atendimento médico às colaboradoras grávidas e a empregados com sintomas da nova gripe. Além disso, os bancos têm de disponibilizar lenços descartáveis de papel e máscaras cirúrgicas aos trabalhadores e também aos funcionários terceirizados.
A decisão, assinada pela juíza Ana Maria das Graças Veloso, da 7ª Vara do Trabalho, diz ainda que os bancos terão de pagar multa diária de mil reais para cada agência que não adotar as medidas preventivas. Denúncias podem ser feitas por funcionários dos bancos ou por clientes pelo telefone do Ministério Público do Trabalho (3304-9001), ou pelo site do órgão (www.prt9.mpt.gov.br).
Para reforçar a implantação das medidas, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região distribuiu em agências de toda a cidade jornais com informações sobre a determinação da Justiça do Trabalho. A ideia é incentivar funcionários a notificar o sindicato de casos em que as exigências sejam descumpridas. Até as 11h30, segundo a assessoria de imprensa da entidade, nenhuma denúncia havia sido recebida. A maior parte das ligações feitas ao sindicato era de gerentes que queriam tirar dúvida com relação às medidas que estão sendo adotadas.
Adequação
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que não pode se pronunciar a respeito da forma como cada uma das instituições financeiras se adequará à determinação ou se as medidas estão sendo cumpridas, uma vez que não fica a cargo da entidade fazer o monitoramento das agências. Sete bancos foram notificados da decisão: Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, Unibanco, Banco Real, HSBC, Banco do Brasil e Itaú.
O Banco do Brasil, por meio da assessoria de imprensa, informou que os gerentes de todas as agências de Curitiba e região foram orientados a adequar o funcionamento das filas. Com relação aos materiais como lenços, máscaras cirúrgicas e álcool gel ou líquido para os funcionários, o banco informou que incluirá os gastos na verba de pequeno vulto, pois a compra de produtos em grande quantidade exigiria a abertura de um processo de licitação. A compra dos materiais contra a gripe A será incluída no orçamento dos produtos de limpeza de cada agência. E cada gerente decidirá a quantidade de cada item que será comprado.
A Caixa Econômica Federal, também por meio de assessoria de imprensa, afirmou que foi notificada na tarde de sexta-feira e que desde então está cumprindo as obrigações determinadas na liminar. A instituição acrescentou que antes da decisão já vinha adotando ações preventivas à disseminação do vírus, de acordo com orientações dos órgãos competentes, como a ventilação dos ambientes e disponibilização de álcool gel 70%, máscaras cirúrgicas e lenços descartáveis a empregados, trabalhadores terceirizados e clientes.
A assessoria de imprensa do Grupo Santander Brasil, que responde pelos bancos Santander e Real, informou que também não recorrerá da decisão. Segundo a companhia, todas as agências de Curitiba e região se adequaram às medidas exigidas pela Justiça e todas as ações estão sendo adotadas desde o início do expediente desta segunda-feira.
Em nota enviada à reportagem, o HSBC, deu a mesma informação. "O HSBC informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que todas suas agências de Curitiba e região metropolitana estão cumprindo todas as determinações contidas em liminar", diz o texto.
Já o Itaú Unibanco Banco Múltiplo S.A. disse, em nota, que está providenciando o cumprimento dos itens dispostos. No texto enviado à reportagem, a empresa informou que "vem acompanhando a gripe H1N1 desde os primeiros casos no México". "Para tanto, formou um comitê multidisciplinar que acompanha a evolução da doença em todos os países onde possui negócios e que também é responsável pelas diretrizes de orientação aos colaboradores. Boletins periódicos estão sendo enviados aos funcionários esclarecendo sobre as formas de contágio, principais sintomas e prevenção, sempre seguindo as recomendações do Ministério da Saúde", finalizou.
A assessoria de imprensa do Bradesco disse apenas o banco está cumprindo a decisão judicial e não forneceu maiores detalhes.
Confusão
Conforme mostrou reportagem do telejornal Paraná TV 1ª edição, da RPC TV, houve confusão nesta manhã na agência da Caixa Econômica Federal localizada na Praça Carlos Gomes, no Centro de Curitiba. Embora, o acesso aos caixas eletrônicos não tenha sido limitado, muita gente teve de esperar do lado de fora antes de utilizar o autoatendimento. Uma mulher chegou a protestar, dizendo que a restrição era apenas para a área de caixas manuais. O problema, na verdade, é que no mesmo dia em que passava a valer a determinação da Justiça do Trabalho ocorreu uma pane nacional no sistema dos caixas automáticos.
A sala de entrada da agência ficou lotada e, somente alguns minutos antes das 10 horas, funcionários da Caixa começaram a orientar os clientes. "Pessoal, para o autoatendimento não é necessário aguardar. O que faz no autoatendimento, faz na lotérica", explicou uma funcionária, que acrescentou que não havia previsão de restabelecimento do sistema. "Vamos começar a formar uma fila lá fora. Não adianta nada vocês não entrarem no banco e ficarem todos aglomerados aqui", dizia outra.
Maringá
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Maringá e Região (Seeb) vai solicitar nesta segunda-feira (10), ao Ministério Público do Trabalho (MPT), a exigência de medidas semelhantes nas agências da cidade.
Entre as reivindicações da entidade estão a dispensa de funcionárias gestantes (que têm mais chances de contrair a doença), a formação das filas somente na área dos caixas eletrônicas e a limpeza da mão de todos os clientes, com álcool em gel, antes da entrada na agência.
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