O Paraná registrou 45 mil casos de pessoas infectadas pela gripe A desde o início da pandemia, em abril, até este mês de dezembro. Desses, 13 mil ocorreram na região da capital. As informações são do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na última segunda-feira. Houve um óbito em Umuarama na semana passada e o número de mortes chegou a 286. Os relatórios mostram que no último mês houve cinco mortes em todo o estado, contra 21 registradas em apenas uma semana durante o mês de agosto. Entre os dias 3 e 10 daquele mês, houve uma média de 2,62 óbitos por dia.

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Desde o último boletim, houve um aumento de 3,8 mil casos no estado, passando de 41.643 para 45.444. A Sesa informou, no entanto, que isso não representa um aumento de novos casos. Durante o pico da pandemia, a maioria dos casos era considerada apenas suspeita. Agora, equipes de médicos em cada uma das 22 regionais de saúde estão avaliando a ficha médica de todos os pacientes para confirmar ou descartar a hipótese de contaminação em cada caso. São levados em conta critérios como a presença de sintomas, febre e dor de cabeça, e a transmissão a outras pessoas próximas para ratificar a presença do vírus. Os casos em que há motivos para acreditar que houve realmente a infecção passam a se somar aos confirmados.

Como era previsto, Curitiba e região registram o maior número de óbitos, 85, cerca de 30% do total. As regionais de Telêmaco Borba e Cornélio Procópio estão na outra ponta, com duas mortes cada. O boletim mostra que o pico das mortes ocorreu entre 24 de julho e 24 de agosto. Dos casos analisados, 15 mil deram negativo.

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O secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, afirma que a avaliação de todos os casos suspeitos é importante para mostrar a dimensão que o vírus H1N1 teve no estado. "Precisa­mos de um quadro que mais se aproxime da realidade. Por isso as notificações estão sendo checadas desde o início do contágio". A Sesa é uma das poucas secretarias do país que está fa­­zendo este mapeamento. "Com base nos dados, podemos afirmar que foi uma epidemia grave, com um intensidade elevada. Isso significa que a circulação do vírus foi alta. Por isso, estamos nos preparando para o inverno do ano que vem".