Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelou uma proteína no café com efeitos similares aos da morfina, informaram neste sábado fontes científicas.
Em comunicado da Embrapa, a companhia afirmou que sua divisão de Recursos Genéticos e Biotecnologia e a UnB conseguiram "identificar fragmentos de proteína (péptidos) inédita no café com efeito similar ao da morfina, ou seja, apresenta atividade analgésica e tranqüilizante".
Esse efeito, apontou a informação, "tem um diferencial positivo: maior tempo de duração desses efeitos em experimentos com ratos de laboratório".
As duas instituições apresentaram um pedido de patentes aos órgãos reguladores brasileiros para sete "péptidos opioides" identificados no estudo.
O descobrimento das moléculas foi através das pesquisas do trabalho de doutorado de Felipe Vinecky, do Departamento de Biologia Molecular da UnB, que com a assessoria da Embrapa, buscava genes no café associados para melhorar a qualidade do grão.
Os estudos têm também o apoio do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD, por sua sigla em francês).