Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ontem que o protocolo para administração do medicamento Tamiflu, usado no combate da nova gripe, não sofreu alterações, ao contrário do que chegou a ser divulgado por alguns jornais. De acordo com ele, nenhum estado quebrou o protocolo e nem houve a flexibilização dos procedimentos.

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Segundo o ministro, porém, o Ministério da Saúde vai acrescentar uma exceção ao protocolo. Em casos especiais, o médico – em conjunto com a autoridade de saúde local – poderá administrar o medicamento mesmo que o caso não se encaixe nas regras. "São si­­tu­ações muito especiais. Ex­ceções, não rotina", disse Temporão, sem especificar quais serão estes casos.

Pelo protocolo do Ministério da Saúde, o medicamento é prescrito para pacientes do grupo de risco (idosos, crianças com menos de cinco anos, gestantes e imunodeprimidos) e para casos graves. De acordo com o ministro, o protocolo é baseado em evidências científicas e em recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Paraná, entidades médicas defendem que o medicamento seja oferecido para todos os pacientes com gripe. Na segunda-feira, representantes dessas entidade estiveram reunidas com o secretário da Saúde, Gilberto Martin. Ontem, Martin disse que suas afirmações foram interpretadas equivocadamente por parte da imprensa – alguns jornais chegaram a divulgar que o Paraná havia quebrado o protocolo.

Assembleia

A comissão de saúde da Assembleia Legislativa vai dar prazo de 24 horas para que o secretário Gilberto Martin preste esclarecimentos sobre a situação da gripe suína no Paraná, com o número exato de casos confirmados e mortes registradas. O documento enviado ontem ao secretário pelo presidente da comissão, Ney Leprevost (PP), revela desconfiança dos deputados em relação às estatísticas que estão sendo divulgadas pelas autoridades da área de saúde. Para muitos parlamentares, o número de mortes seria maior do que vem sendo apresentado.

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Leprevost defende que o governador Roberto Requião (PMDB) e o secretário de Saúde realizem uma coletiva para informar de forma clara o que está acontecendo. Se as respostas não forem enviadas à comissão em dois dias, os deputados defendem a convocação do secretário da Saúde na Assembleia.

O secretário Gilberto Martin disse ontem saber "que existe quem ache que o estado esteja ocultado informações". Ele rebateu a crítica e disse que está trabalhando com transparência total.