A Secretaria de Estado da Saúde afirma que verificou pela primeira vez no Paraná um indicativo de estabilização dos casos graves de doenças respiratórias, o que incluiria a gripe A. Segundo a secretaria, o número de internações demonstra uma tendência de estabilização da quantidade dos casos de doenças respiratórias agudas graves que têm agravamento. Ainda não se pode afirmar, porém, que haverá uma queda contínua nos números: "Ainda é cedo para traçar uma tendência definitiva de queda, estabilização ou acréscimo", diz a assessoria de imprensa da Sesa por e-mail. Os números que levaram ao indicativo não foram divulgados.
Apesar da tendência positiva, que vem sendo registrada também no Brasil, as mortes confirmadas voltaram a subir no estado. O Paraná registra agora 119 mortes pela nova gripe e continua sendo o estado com maior taxa de mortalidade da doença. A taxa é calculada proporcionalmente ao tamanho da população. O estado tem taxa de 1,12 mortes por 100 mil habitantes. O Rio Grande do Sul divulgou ontem um total de 84 mortes, o que equivale a uma taxa de 0,77. São Paulo tem 151 mortes, conforme boletim do Ministério da Saúde divulgado na última terça-feira, e taxa de mortalidade de 0,36.
O número elevado de mortes no estado é creditado pelas autoridades ao fato de os exames serem processados com mais agilidade. O secretário da Saúde, Gilberto Martin, afirmou na última terça-feira que o Paraná é o estado que tem o panorama mais real em relação à nova gripe. "Embora isso possa, num primeiro momento, parecer negativo, por causa dos números apresentados, estamos agindo com absoluta ciência do que está acontecendo e conseguindo responder com a agilidade que esse tipo de pandemia requer", explicou.
Ontem foram confirmadas 12 novas mortes pela doença no estado: duas na região de Paranavaí, duas de Francisco Beltrão, duas de Foz do Iguaçu, duas de Toledo, uma de Curitiba, uma de Cianorte, uma de Jacarezinho e uma de Maringá. As mortes divulgadas aconteceram entre 14 de julho e 16 de agosto.
Das mortes registradas no Paraná, 46 foram agravadas por doenças ou condições prévias dos pacientes, segundo a Secretaria da Saúde. Isso equivale a 38,6% dos casos. Nas outras 73 mortes (61,2%), não havia comorbidades.
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