Genebra e São Paulo - A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a primeira temporada mais intensa da gripe suína está em sua fase final na América do Sul e nos demais países do Hemisfério Sul. "O inverno na parte Sul do planeta está quase terminando e só mesmo na África do Sul é que os casos (do vírus H1N1) continuam a se expandir em um ritmo maior", disse Gregory Hartl, porta-voz da OMS.
Segundo ele, os casos no Cone Sul e Austrália já deram sinais de perder força, depois de assustar principalmente no Chile e na Argentina. A região sul-americana passou a ter mais mortes que o México, local que primeiro sofreu um surto da gripe em abril. No caso africano, a expansão ainda continua porque a doença teria chegado à região com algumas semanas de atraso em relação aos demais continentes no Hemisfério Sul.
"Com a perda de força na África do Sul, será então o fim da temporada mais intensa da gripe nos países do Sul. O que vamos ver, portanto, é como a gripe reagirá no inverno que começará em alguns meses no Hemisfério Norte. Estamos entre duas temporadas (de gripe suína)", disse Hartl.
Vacina
Os doentes crônicos, as mulheres grávidas e funcionários do setor médico devem ser priorizados na campanha de vacinação contra a gripe A, segundo uma recomendação adotada ontem pelo Comitê de Segurança Sanitária da União Europeia (UE). A recomendação busca um "enfoque compartilhado" das campanhas de vacinação que devem começar neste segundo semestre nos Estados-membros da UE para evitar uma nova onda de gripe suína no outono do Hemisfério Norte (que começa em setembro).
A UE identificou como grupo prioritário "todas as pessoas com mais de 6 meses de idade que tenham doenças crônicas [como doenças respiratórias, cardiovasculares ou com algum tipo de imunodeficiência], começando por aqueles que tiverem sintomas mais graves". Os outros dois grupos prioritários são as mulheres grávidas e os trabalhadores da área de saúde.