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A média de quatro mortes por dia pela gripe A (H1N1) no Paraná, de 14 de julho a 29 de agosto, é menor do que a de outras enfermidades e do que a quantidade de mortes provocadas pela violência. Cinco pessoas morrem por dia no estado devido a doenças transmissíveis, como aids, tuberculose e gripe comum. As doenças do aparelho circulatório (enfarte e derrame), as que mais matam no Brasil, provocam 50 mortes de paranaenses por dia. Os números foram calculados com base nos últimos dados, de 2005, da Secretaria de Estado da Saúde.

A violência também mata mais do que a nova gripe. A média é de oito mortes diariamente por homicídios dolosos e de seis por acidentes de trânsito no Paraná, conforme as ocorrências de 2008. Já no período em que Curitiba e região metropolitana registraram 63 mortes pela nova gripe, ocorreram 360 mortes violentas nesses municípios, segundo dados do Instituto Médico-Legal (IML).

Foram registradas no estado 195 mortes pela nova gripe. Por enquanto, a Secretaria da Saúde não tem os números de quantas mortes pela gripe sazonal ocorreram neste período. A assessoria de imprensa do órgão explica que os atestados de óbitos não têm prazo para chegar e, dessa forma, os números normalmente são fechados após dois meses.

Para o infectologista Moacir Pires Ramos, integrante do comitê de enfrentamento da gripe A de Curitiba, a média diária de quatro mortes pela gripe suína no estado, tratando-se um período pandêmico, não parece num primeiro momento uma excepcionalidade, na comparação com outras doenças.

Segundo ele, é preciso esperar a consolidação dos números, no fechamento do ano, para fazer comparações. "No final do ano, quando fizer o cálculo de média diária de mortes, não vai dar quatro por dia. Vai se ter mais dias e menos óbitos", afirma. Ramos completa que há tendência de queda de casos e até o fim de 2009 os números devem cair.

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