Previsão de mais chuva na sexta

De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, a previsão para hoje e amanhã é que a frente fria se afaste em direção ao Sudeste do país, amenizando os riscos de chuvas fortes. Novas áreas de instabilidade, entretanto, ingressam no Paraná pela região Oeste, o que volta a trazer nebulosidade e possibilidade de chuvas para todo o estado até a sexta-feira.

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Rio Iguaçu está perto de nível crítico

As chuvas e ventos fortes causaram estragos em 24 municípios do Paraná ontem. Entre alagamentos, deslizamentos e vendavais, a Defesa Civil do estado registrou 328 residências e 594 pessoas afetadas. As fortes chuvas registradas na região de Curitiba e no Centro-Sul do estado estão fazendo o Rio Iguaçu subir mais que o normal no trecho que passa pelo município de União da Vitória, no Sul. No fim da tarde de ontem, já havia atingido a marca de 5,26 metros acima do normal. "Quando chegarmos a 5,5 metros, a situação será de calamidade pública", observou o coordenador da Defesa Civil na vizinha Porto União (SC), José Rota.

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Crianças são retiradas de creche alagada

O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Barigui 1, na Cidade Industrial de Curitiba, foi inundado pela chuva da manhã de ontem. Cerca de 80 crianças tiveram de ser removidas. Algumas foram levadas para casa pelos pais.

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O temporal da manhã de ontem provocou estragos em 15 bairros de Curitiba. Foram registrados vários pontos de alagamentos e o trânsito ficou complicado em diversas ruas da capital. Os fortes ventos também prejudicaram o fornecimento de energia e semáforos ficaram desligados, deixando o tráfego ainda mais tu­­­multuado. Segundo levantamento da Defesa Social da prefeitura de Curitiba, 35 pessoas, entre adultos e crianças, foram retiradas de suas casas, das 7 às 16 horas, por causa de riscos provocados pelas chuvas.

Todos foram levados para abrigos públicos. Ninguém ficou ferido. Oito pontos de alagamentos foram registrados na cidade. No Parque Barigui, a água do lago su­­biu tanto que algumas partes ficaram submersas. No Água Verde foi registrada uma queda de árvore e destelhamento em uma casa.

Durante a tarde, funcionários da prefeitura ainda atendiam a situação de risco na área de invasão 23 de Agosto, no Sítio Cercado. Dez adultos e dez crianças foram levados para o Con­junto Jandaia. Na ocupação Terra Santa, no Tatuquara, duas crianças e dois adultos também foram retirados da área de risco. No Pinheirinho, o risco de desabamento fez a Defesa Social retirar outros dois adultos e duas crianças do local. No Boquei­rão, três adultos e três crianças também tiveram de deixar a casa onde viviam por motivos de segurança. Ao todo foram 15 ocorrências atendidas pela prefeitura, por causa das chuvas desta segunda.Falta de luz

De acordo com a Copel, até as 15 horas a empresa havia recebido 250 ocorrências causadas por causa do forte temporal. Destas, 200 já haviam sido resolvidas e as outras 50 estavam em andamento. Quinze bairros da capital sofreram interrupção de energia por causa do temporal: Ahú, Alto Boqueirão, Alto da Glória, Atuba, Bacacheri, Bom Retiro, Boqueirão, Cabral, Ca­­pão Raso, Juvevê, Mercês, Pinhei­rinho, São Francisco, Tarumã e Tingui. A Sanepar registrou 257 reclamações de refluxo de esgoto.

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Queda de árvore

As fortes chuvas começaram a cair na capital ainda na tarde de domingo. No Boqueirão, uma árvore caiu e destruiu uma casa. Um muro lateral do Cemitério Municipal do Boqueirão, de apro­­ximadamente 12 metros de extensão, desabou para o lado de dentro do espaço na madrugada. O motivo, segundo a prefeitura, foi uma erosão na terra que sustentava a estrutura. Ninguém ficou ferido.

Outras regiões

Na região metropolitana a cidade mais atingida foi São José dos Pinhais, com prejuízos registrados em 150 casas. Em Piraquara também ocorreram pontos de alagamento. Duas salas da Escola Municipal Marilda Salgueiro, no Guarituba Redondo, ficaram alagadas. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, foram atingidos os bairros Araça­tuba, Bela Vista, Vila Macedo, Gua­­­ri­­tuba e algumas ruas do Centro.

Em Quitandinha, o Rio da Vár­zea transbordou e avançou sobre a Avenida Fernandes de Andrade, perto da BR-116, principal via de acesso à cidade de 17 mil habitantes. Um segundo acesso, de terra, também estava alagado, mas ainda permitia o trânsito de veículos. No início da noite, com uma equipe e um caminhão do município o prefeito Valfrido Eduardo Prado, o Neco, tentava convencer 50 famílias a deixar suas casas. Hoje o prefeito acionará a Defesa Civil do estado para ajudar e decidirá se vai decretar estado de emergência.

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Mandirituba e Pinhais também ficaram com ruas alagadas.