A operação que visava facilitar a fuga dos presidiários do Penitenciária Estadual de Piraquaria 1 (PEP 1) contou com o trabalho de cerca de 15 pessoas do lado de fora do presídio e começou com um esquema para desviar a atenção da polícia ainda na Casa de Custódia de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Foram deslocados homens para a Casa de Custódia, o que facilitou a organização de uma equipe do lado de fora da PEP para promover a fuga. Às 5h da madrugada deste domingo (15), houve a primeira explosão, que falhou em romper o muro da penitenciária.
A segunda foi bem-sucedida e abriu um rombo pelo qual os homens, ao lado de um matagal, começaram a jogar armas para dentro do presídio. Ao mesmo tempo, dispararam contra as guaritas. Com isso, à medida que os presos desciam do pavilhão e se armavam, a polícia e agentes penitenciários, mais tarde reforçados pelo Bope, enfrentavam disparos de dentro e fora do presídio. Nenhum policial se feriu. Vinte e seis presos conseguiram fugir e dois foram mortos.
Invasão de haras
Durante o confronto, a polícia perseguiu quatro homens que faziam parte da equipe de apoio à fuga, do lado de fora do presídio. Eles invadiram um haras ainda no Bairro Borda do Campo e fizeram uma família refém por aproximadamente cinco horas. Após negociação com a polícia, João Carlos Fernandes, Uiverson Zornitta Constantino, Edmo André Bruning Silva e Hernandes Cabral Santos se entregaram.
O grupo estava fortemente armado. Apenas com os homens capturados foram apreendidos três fuzis, duas pistolas e dois coletes, além de muita munição. O grupo que explodiu o muro estava muito bem preparado além de portar armas de fogo. Montaram, no matagal ao lado da PEP 1, um local para observação que dispunha de barraca, alimentação, ataduras e outros itens de primeiros socorros. Havia 180 presos no pavilhão em que o muro foi explodido.