A Secretaria de Segurança Pública do Rio apresentou ontem o resultado das apreensões nos dois últimos dias de ocupação do Complexo do Alemão. No pátio da Academia de Polícia Civil, 135 armas longas, entre fuzis, metralhadoras de calibre ponto 50, calibre ponto 30, carabinas e submetralhadoras, além de 33 toneladas de maconha, 235 quilos de cocaína, 27 quilos de crack, 1.406 frascos de lança-perfume, dezenas de bombas caseiras e munições variadas. As armas apreendidas pela PM foram marcadas com tinta branca para evitar desvios de armamento. O material ficará à disposição da Justiça no cofre da Polícia Civil. As drogas serão incineradas na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no sul do Rio.
O tom entre os integrantes da cúpula da Segurança Pública do Rio era de euforia. O comandante da Polícia Militar (PM), Mário Sérgio Duarte, estimou em R$ 100 milhões o prejuízo da CV com as apreensões. A avaliação é de que a facção perdeu não apenas homens, armas e drogas, mas o seu grande quartel-general. "É uma apreensão histórica, porque tomamos o QG, que abastecia de armas e drogas as favelas da cidade. Nunca mais teremos uma apreensão deste porte no Rio. O tráfico no Alemão rendia lucros absurdos a esta facção e poderia sustentar a quadrilha sozinho", disse o chefe de Polícia Civil, Alan Turnowski.
O número de veículos roubados apreendidos no conjunto de favelas chega a 350, sendo que 320 são motocicletas. Todos já estão à disposição dos donos no pátio da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis.
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