Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Segurança Pública

40 delegados trocam de delegacia em Curitiba e região

Hamilton da Paz, novo delegado da Homicidios, lê matéria da Gazeta do Povo sobre aumento da violência na região | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Hamilton da Paz, novo delegado da Homicidios, lê matéria da Gazeta do Povo sobre aumento da violência na região (Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo)

Uma série de mudanças no comando das delegacias do Paraná ocorre nesta semana. Na terça-feira (24), o Diário Oficial (D.O.) publicou decreto que autorizou 115 trocas de delegados no estado. Só na região de Curitiba foram 40 mudanças, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp).

A mudança mais importante se deu na Delegacia de Homicídios (DH) da capital. Às 10h de terça-feira, o delegado Hamilton da Paz, outrora titular da região central de Colombo, substituiu Jaime da Luz, que por sua vez passa a comandar a Delegacia de Vigilâncias e Capturas. A delegacia da região central de Colombo passou a ser liderada pelo delegado Artem Dach, ex-Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.

A DH é responsável por investigar os assassinatos - concretizados ou tentados - que se dão dentro dos limites da capital paranaense com autoria desconhecida. Esse foi o caso do homicídio no bairro São João desta madrugada. Quando há fortes indícios do autor, o caso passa a ser investigado pelos distritos policiais regionais.

Desde a divulgação no D.O., os delegados que mudam de cidade têm oito dias corridos para assumir os novos postos. Se a mudança é na mesma cidade, são até três dias. Essa norma é do Estatuto da Polícia Civil.

Paz na Homicídios

Paz, que conta mais de 40 anos na Polícia Civil, se diz satisfeito com a nova função. "Estive em local de morte por muitos anos quando eu era perito", conta o delegado, que exerceu a função de perito por 12 anos. Em Colombo, o policial conta ter resolvido 80% dos casos de homicídio. "[Índice] igual não dá, mas pretendo chegar perto disso", anunciou.

Sobre a infraestrutura da DH, Paz contou ter encontrado a delegacia em "excelentes condições". Sobre o quadro de funcionários, a intenção é "pleitear melhorias". Em geral, a especializada em assassinatos em Curitiba trabalha com quatro equipes de três investigadores para atender os locais de homicídios e o plantão. Outros cinco investigadores eram responsáveis por aprofundar as investigações. Paz afirmou desconhecer com quantos investigadores trabalhará na DH. "As coisas ainda estão se assentando", comentou.

Jornalista com colaborações em vários veículos do Paraná - entre eles, a Gazeta do Povo -, Paz declarou que pretende ter uma relação amena com a imprensa sem negar informações. "Apenas o que pode atrapalhar as investigações eu me reservarei no direito de não divulgar".

Mais mudanças na Homicídios

De Colombo, Paz trouxe oito policiais. Alguns delegados adjuntos também foram remanejados. Entraram os ex-Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) Rodrigo Brown e Cassiano Aufiero. A delegada Iara Dechiche, que trabalhou na DH até outubro do ano passado, também assume uma sala da DH.

O primeiro caso que será investigado pela nova equipe é o da morte do auxiliar de serviços gerais Rodrigo Gomes Siqueira, 27 anos, assassinado no bairro Umbará nesta madrugada. O rapaz comia com cachorro-quente com um amigo quando pessoas não identificadas dentro de um carro Corsa de cor clara fizeram vários disparos. Siqueira morreu no local. O amigo dele recebe atendimento médico e não corre risco de vida. Paz afirmou saber quem é o autor e prefere não divulgar a motivação do crime.Oxigênio em Colombo

Em nota divulgada na Agência Estadual de Notícias, o secretario da Segurança, Luiz Fernando Delazari, afirma que as trocas servem para "oxigenar" as delegacias. Colombo é a cidade da região metropolitana que teve o maior número de mudanças: todos os delegados titulares e adjuntos dos dois distritos policiais da cidade foram trocados. O distrito da região central até pode se enquadrar na questão da "oxigenação", mas a delegacia do Alto Maracanã já foi trocado por outras razões.

No dia 17 de fevereiro, a delegada Marcia Marcondes e outros policiais que lá trabalhavam foram presos, acusados de corrupção. Eles cobravam para aliviar inquéritos e soltar presos, de acordo com informações do Ministério Público.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.