Mais da metade da população brasileira (52%) concluiu apenas o ensino fundamental completo, ou seja, tem até nove anos de estudo, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) para 2015, divulgados nesta sexta-feira (25). Em 2012, essa parcela era de 55,2% da população.
Um quarto da população (26,4%) conseguiu estudar mais três anos e concluir o ensino médio. Já que os que conquistam o diploma do ensino superior são minoria e chegam a 13,5% da população.
Por outro lado, a taxa de analfabetismo continuou caindo, de 8,3% em 2014 para 8% em 2015, mas o Brasil ainda tinha 12,9 milhões de analfabetos no ano passado. Em 2004, o indicador era de 11,5% (15,3 milhões).
O analfabetismo continua concentrado nas faixas etárias mais elevadas. Na população entre 15 e 19 anos, a taxa de analfabetismo era de 0,8% em 2015, ante 0,9% em 2014. Entre 20 e 24 anos, o indicador era 1,3%, enquanto no grupo de 25 a 29 anos era de 1,9%. A taxa chegava a 4% na faixa entre 30 a 39 anos. Os números são ainda maiores nos grupos de 40 a 59 anos (8,5%) e acima de 60 anos (22,3%).
“Embora o analfabetismo seja bem baixinho até os 29 anos, as pessoas não chegam a atingir níveis mais altos de escolaridade. O analfabetismo vem caindo, mas não se consegue escolaridade alta”, explica a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.
Crianças de 4 e 5 na escola
A boa notícia nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) veio da educação infantil: a taxa de escolarização de crianças de 4 e 5 anos é a que vem apresentando os maiores avanços. Em 2007, 70% das crianças nesta faixa etária frequentavam a escola. A proporção saltou para 77,4% em 2011 e 84,3% no ano passado. Com isso, a taxa de escolarização se aproxima daquela da faixa entre 15 e 17 anos, que era de 85% em 2015. Esse indicador, no entanto, está abaixo do registrado em 2009, quando era de 85,2%.
O salto nas matrículas da pré-escola se deve à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que tornou obrigatória a frequência à escola nesta faixa etária. A obrigação só começou a valer este ano, mas estados e municípios já vinham se preparando para este momento. “Entre os anos de 2007 e 2015, a frequência escolar das crianças de 4 e 5 anos é a que mais vem crescendo, diz Maria Lucia Vieira.
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