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“Erastinho Gaertner”

A batalha contra o câncer na infância

Gabriela Guerra Martins quer ser bailarina quando crescer | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Gabriela Guerra Martins quer ser bailarina quando crescer (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Quem cruza a capela do Hospital Erasto Gaertner com sentido aos quartos ou enfermaria vê um corredor acinzentado, com pé direito alto. É a arquitetura típica para um hospital erguido em 1973, como é o caso do Erasto. A área acinzentada concentra a maioria dos casos e pacientes. Mas em poucos metros, rampa abaixo, é possível adentrar um mundo cor-de-rosa. Não só as paredes da ala pediátrica são pintadas de outra cor, como seus pacientes têm uma energia especial. Com bom capital humano, o local sofre da falta de estrutura. A construção de um hospital oncopediátrico no mesmo terreno deve ampliar a humanização no tratamento de crianças com câncer.

Felipe Alves de Freitas, de 11 anos, deseja apenas ser grande | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Felipe Alves de Freitas, de 11 anos, deseja apenas ser grande

O simpático Matheus Leite Lemos, 9 anos, durante o tratamento | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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O simpático Matheus Leite Lemos, 9 anos, durante o tratamento

Gabriela Guerra Martins , 5 anos, sonha em ser bailarina | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Gabriela Guerra Martins , 5 anos, sonha em ser bailarina

Fã do ator Eriberto Leão, Luis Paulo, 12, tem o sonho de conhecer o ídolo. Ele quer ser jogador de futebol | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Fã do ator Eriberto Leão, Luis Paulo, 12, tem o sonho de conhecer o ídolo. Ele quer ser jogador de futebol

A bem-humorada Isabela Melo, 14 anos, sonha em ser médica. Quando perdeu o cabelo, na quimioterapia, achava graça nas pessoas que via no ponto de ônibus. “Elas não me olhavam porque eu estava careca, mas por estar careca e de tiara”. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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A bem-humorada Isabela Melo, 14 anos, sonha em ser médica. Quando perdeu o cabelo, na quimioterapia, achava graça nas pessoas que via no ponto de ônibus. “Elas não me olhavam porque eu estava careca, mas por estar careca e de tiara”.

Bruno da Silva Moreira, 20 anos, faz o tratamento desde que tinha 18 meses de vida | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Bruno da Silva Moreira, 20 anos, faz o tratamento desde que tinha 18 meses de vida

Felipe Ramos, 5 anos, fazendo o tratamento | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Felipe Ramos, 5 anos, fazendo o tratamento

João Vitor, 4, prefere pedalar seu tico-tico a conversar | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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João Vitor, 4, prefere pedalar seu tico-tico a conversar

Com idade entre zero e 18 anos, muitos pacientes atendidos são pequenos. É o caso do amoroso Arthur Lopes, de 9 anos. Perguntado sobre o que faz no hospital, responde coisas como: “Brinco. De boneco. Com amigos”. Mais do que uma distração, a brincadeira é parte do tratamento. “Você não consegue criar vínculo com uma criança que não seja pela via do brinquedo”, explica a psicóloga Iolanda Galvão, há 20 anos na ala pediátrica do Erasto.

O vínculo facilita o trabalho dos profissionais. Além disso, a brincadeira é importante para criar uma experiência lúdica aos pacientes, que muitas vezes acabam morando no hospital. Os longos períodos de internação são parte da dinâmica do tratamento oncológico. Muitas crianças vêm de cidades distantes e acabam ficando, elas e as mães (maioria entre as acompanhantes), por ali mesmo.

Durante os dois anos de tratamento de Isabela Melo, sua mãe, Rosilda Pinto, dormia de segunda a sexta-feira nos bancos da sala de espera. O local também funciona como playground, por falta de brinquedoteca, o que é um problema. “Hoje mesmo tinha uma mãe com uma criança no colo e outra criança passou correndo, quase derrubou a mulher”, conta Eduardo Falcão, de 16 anos.

Ele teve alta no fim de 2015 e agora voltará para Guarapuava, onde vai cursar o 3.º ano do curso técnico em Administração. Fez o 2.º à distância, durante a internação, “com nota melhor do que tinha antes”. Também durante sua internação, Isabela concluiu o 7.º ano do ensino fundamental com a melhor nota da escola.

A equipe do hospital faz atendimento personalizado, inclusive com aulas no quarto, a depender do estágio de tratamento. E compra briga com escolas que não enviam material didático. A sala de estudos também não é das maiores; tem um computador, da pedagoga, e uma uma mesa comprida, com lugar para seis crianças. A mudança da ala pediátrica do Erasto para o “Erastinho” está prevista para 2017.

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