A Delegacia de Homicídios de Curitiba divulgou, nesta quarta-feira (17), fotos das roupas que a menina Rachel Genofre, de nove anos, usava quando foi encontrada morta em uma mala na rodoferroviária da capital. O crime aconteceu em 2008 e segue sem solução há mais de quatro anos.
Com a divulgação das fotos, a polícia espera receber pistas da autoria do crime. "A divulgação é tudo, vamos esperar o resultado e que a população possa nos ajudar a solucionar o caso", disse o titular da Delegacia de Homicídios, Rubens Recalcatti.
Nas fotos é possível visualizar vestígios do crime no que parece ser um lençol. O tecido aparece rasgado e tem manchas. Uma foto da mala em que a menina foi encontrada também foi divulgada.
Sobre o curso das investigações, Recalcatti apenas relatou que elas estão adiantadas. Ele disse não poder revelar se há novos suspeitos ou as linhas de investigação. "Não tem como dizer nada sobre as investigações, mas está adiantadíssima. Não posso falar [mais] porque qualquer coisa pode atrapalhar".
O caso
Rachel desapareceu na tarde do dia 3 de novembro de 2008, após sair da escola. O corpo foi encontrado dois dias depois, dentro de uma mala, em posição fetal, envolvido em dois lençóis. Ela foi morta por asfixia mecânica provocada por esganadura e apresentava diversos sinais de agressões. Havia sacolas plásticas na cabeça da menina, que estava com a camiseta de uniforme da escola e nua da cintura para baixo.
Foi coletado sêmen do corpo de Rachel. O material é comparado com o DNA de suspeitos para comprovar a autoria. Até novembro de 2011, no entanto, quase 100 exames já haviam sido realizados, e todos deram negativo.
A polícia paranaense viajou a quatro estados para interrogar suspeitos. Além disso, os investigadores visitaram hotéis, estabelecimentos comerciais e edifícios residenciais, além de ter analisado imagens de todas as câmeras de segurança entre a escola que Rachel estudava e a rodoviária.
O caso começou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios, em 5 de novembro de 2008, dia em que o corpo da criança foi encontrado na Rodoviária de Curitiba, mas dias depois foi designado à delegada Vanessa Alice, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Há aproximadamente três meses, a delegada foi afastada por motivos médicos e o caso retornou para a Homicídios em dezembro, de acordo com a Polícia Civil.
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