As pessoas que enfrentam a fila de arrecadação da Previdência Social, em Curitiba, provavelmente se sentem abandonadas pelo governo. O que elas não imaginam é que a própria fila em si não tem nem pai, nem mãe – ninguém quer assumir a responsabilidade por ela. Por quatro dias a reportagem da Gazeta do Povo buscou contato com alguém que pudesse explicar por que a fila é demorada e tem número de senhas limitado, e quais as chances de o problema ser resolvido. Pelo menos cinco pessoas, em três órgãos diferentes, foram procuradas. Ficamos sem resposta.

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A gerente executiva do INSS em Curitiba, Cinara Wagner Fredo, diz que a única relação do órgão com a fila é o prédio, que abriga tanto a área de arrecadação como a de benefícios da Previdência Social. A informação do delegado da Receita Federal, Vergílio Concetta, é de que a fila pertence à Receita Previdenciária. O delegado da Receita Previdenciária, Luís Fernando Rettig, estava viajando e não foi encontrado. Seu substituto informou que a orientação no órgão é de que apenas o superintendente da Receita Federal no Paraná, Luiz Bernardi, fala com a imprensa. A assessoria de imprensa da Receita Federal informou, após entrar em contato com o superintendente, que como a Super-Receita (que reúne Receita Previdenciária e Federal) ainda não foi oficializada, não há quem responda por esta situação.

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