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A rua com vocação para a boemia e para a polêmica

Batida policial na “São Francisco”: para policiais, todo dia é dia de encontrar drogas. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Batida policial na “São Francisco”: para policiais, todo dia é dia de encontrar drogas. (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)
Uma tradicional segunda-feira: calma e serena só esperando a sexta-feira. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Uma tradicional segunda-feira: calma e serena só esperando a sexta-feira.

Estabelecimentos fechados na segunda-feira | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Estabelecimentos fechados na segunda-feira

O Grafite toma conta de várias portas ao longo da Rua São Francisco. Após a ocupação a igreja foi fechada. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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O Grafite toma conta de várias portas ao longo da Rua São Francisco. Após a ocupação a igreja foi fechada.

O síndico já colocou vários avisos para os frequentadores respeitarem a entrada do prédio | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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O síndico já colocou vários avisos para os frequentadores respeitarem a entrada do prédio

Júnior Santos, Gerente do Brooklin Café, estima que o movimento noturno tenha caído 50% . | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Júnior Santos, Gerente do Brooklin Café, estima que o movimento noturno tenha caído 50% .

Claudia Gonçalves - Comerciante de Ferragens | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Claudia Gonçalves - Comerciante de Ferragens

Luteria São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Luteria São Francisco

Andreas Hellmann - Professor de luthier na Luteria São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Andreas Hellmann - Professor de luthier na Luteria São Francisco

A manhã da segunda-feira vai terminando de forma tranquila e sem muito movimento | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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A manhã da segunda-feira vai terminando de forma tranquila e sem muito movimento

A tarde na Rua São Francisco já é bem movimentada e com direito a duas batidas policiais | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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A tarde na Rua São Francisco já é bem movimentada e com direito a duas batidas policiais

O casal Hellen Ireno e Guilherme Leite aproveitaram a linda tarde para fotografar a rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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O casal Hellen Ireno e Guilherme Leite aproveitaram a linda tarde para fotografar a rua São Francisco

Uma turma aproveitando a tarde de forma “tranquila” na Praça do Ciclista | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Uma turma aproveitando a tarde de forma “tranquila” na Praça do Ciclista

Um grupo de amigos jogando cartas nas calçadas da Rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Um grupo de amigos jogando cartas nas calçadas da Rua São Francisco

Um grupo de amigos fazendo um som durante uma tarde bastante quente na rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Um grupo de amigos fazendo um som durante uma tarde bastante quente na rua São Francisco

Artistas chilenos e argentinos fazendo um som na Praça do Ciclista | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Artistas chilenos e argentinos fazendo um som na Praça do Ciclista

Felipe, artista chileno preparando o som | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Felipe, artista chileno preparando o som

Wagner Ribeiro - frequenta a rua São Francisco todos os dias. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Wagner Ribeiro - frequenta a rua São Francisco todos os dias.

Batida policial durante uma tarde na rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Batida policial durante uma tarde na rua São Francisco

Batida policial durante uma tarde na rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Batida policial durante uma tarde na rua São Francisco

A noite vai chegando e o movimento vai crescendo | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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A noite vai chegando e o movimento vai crescendo

Pela janela de uma escola é possível notar o movimento na rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Pela janela de uma escola é possível notar o movimento na rua São Francisco

Alunos de uma escola de jovens e adultos tem dificuldades , principalmente na sexta-feira, devido o barulho provocado na rua | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Alunos de uma escola de jovens e adultos tem dificuldades , principalmente na sexta-feira, devido o barulho provocado na rua

7 da noite é o movimento já é intenso | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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7 da noite é o movimento já é intenso

Jogadores de baralho vão chegando aos poucos | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Jogadores de baralho vão chegando aos poucos

Agito noturno na rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Agito noturno na rua São Francisco

Tiago Alexandre - artista de rua - fazendo uma apresentação na rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Tiago Alexandre - artista de rua - fazendo uma apresentação na rua São Francisco

Momento”relax” na serena São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Momento”relax” na serena São Francisco

Grupo de amigos curtindo a badalada São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Grupo de amigos curtindo a badalada São Francisco

Pão (apelido) curtindo a noite na rua | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Pão (apelido) curtindo a noite na rua

Jovem fumando um cigarro de maconha | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Jovem fumando um cigarro de maconha

Noite agitada na rua São Francisco | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Noite agitada na rua São Francisco

10 da noite e parece que não cabe mais ninguém na rua | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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10 da noite e parece que não cabe mais ninguém na rua

Ocupação desordenada reabre polêmica na Rua São Francisco

Moradores, comerciantes e autoridades avaliam que a ocupação espontânea da rua fugiu ao controle. Por detrás dela, vieram ações policiais e da Guarda Municipal, que reacenderam o debate sobre excessos dos frequentadores e repressão das forças de segurança.

+ VÍDEOS

Apesar desta polêmica, a ocupação da São Francisco remonta a 2013, quando foi concluído o processo de revitalização da rua. Vieram os primeiros bares e, atrás deles, frequentadores ávidos pela vocação boêmia do Centro Histórico. O fenômeno externava um novo modo de se relacionar com a cidade e de lidar com o espaço público.

A virada, entretanto, ocorreu em março. Segundo empresários, moradores e professores de um colégio próximo, a aglomeração se descontrolou. O movimento já não depende dos bares, uma vez que os novos frequentadores levam sua própria bebida – o famoso “tubão” – e permanecem na rua, conversando, jogando baralho ou tocando música. Entre as novas “tribos”, estão a galera do rap e a do skate, os punks e grupos do “pixo”, entre outros.

Nenhuma das esferas – poder público, vizinhos, empresários e comunidade escolar – parece saber lidar bem com o fenômeno. O que mais lhes incomoda é a banalização do uso da maconha. “Eles [os frequentadores] agem como se as drogas estivessem liberadas na rua”, resume Sílvia Aparecida Rodrigues, diretora do Colégio Estadual Poty Lazzarotto, para jovens e adultos. “Quando descobriram que aqui podiam fumar maconha livremente, começaram a vir pra cá e houve essa explosão”, diz a empresária Fábia Biasi.

Obviamente, o consumo de maconha não é generalizado. A reportagem conversou com muitos frequentadores que vão à rua para fazer um happy hour, encontrar amigos e tomar uma cerveja ao ar livre. Ao mesmo tempo, alguns jovens preparam os cigarros, fumam e falam com tranquilidade sobre o uso e a repressão. O cheiro de maconha é forte praticamente o tempo todo.

“A gente vai fumar em qualquer lugar. Se não for aqui, vai ser em uma ‘quebrada’. Enquanto estava a playboyzada ‘queimando um’ aqui, estava tudo bem. Bastou a gente vir, pra virar caso de polícia”, disse um rapaz, que pediu para não ser identificado. “A polícia já me levou [para a delegacia] porque eu estava com um baseadinho. Olha a energia que gastam com a gente por nada”, contou outro jovem.

A fama de que a São Francisco é tolerante com as drogas impacta também em quem “está limpo”. Mesmo quem não fuma, já sentiu o preconceito.

“Para a Guarda [Municipal], se você estiver na rua de moletom largo e boné, você é maconheiro. Já chegam te enquadrando. E eu só venho aqui para ficar ‘de boa’ e cansei de levar escracho”, diz um estudante.

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