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Batida policial na “São Francisco”: para policiais, todo dia é dia de encontrar drogas. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Batida policial na “São Francisco”: para policiais, todo dia é dia de encontrar drogas.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
  • Uma tradicional segunda-feira: calma e serena só esperando a sexta-feira.
  • Estabelecimentos fechados na segunda-feira
  • O Grafite toma conta de várias portas ao longo da Rua São Francisco. Após a ocupação a igreja foi fechada.
  • O síndico já colocou vários avisos para os frequentadores respeitarem a entrada do prédio
  • Júnior Santos, Gerente do Brooklin Café, estima que o movimento noturno tenha caído 50% .
  • Claudia Gonçalves - Comerciante de Ferragens
  • Luteria São Francisco
  • Andreas Hellmann - Professor de luthier na Luteria São Francisco
  • A manhã da segunda-feira vai terminando de forma tranquila e sem muito movimento
  • A tarde na Rua São Francisco já é bem movimentada e com direito a duas batidas policiais
  • O casal Hellen Ireno e Guilherme Leite aproveitaram a linda tarde para fotografar a rua São Francisco
  • Uma turma aproveitando a tarde de forma “tranquila” na Praça do Ciclista
  • Um grupo de amigos jogando cartas nas calçadas da Rua São Francisco
  • Um grupo de amigos fazendo um som durante uma tarde bastante quente na rua São Francisco
  • Artistas chilenos e argentinos fazendo um som na Praça do Ciclista
  • Felipe, artista chileno preparando o som
  • Wagner Ribeiro - frequenta a rua São Francisco todos os dias.
  • Batida policial durante uma tarde na rua São Francisco
  • Batida policial durante uma tarde na rua São Francisco
  • A noite vai chegando e o movimento vai crescendo
  • Pela janela de uma escola é possível notar o movimento na rua São Francisco
  • Alunos de uma escola de jovens e adultos tem dificuldades , principalmente na sexta-feira, devido o barulho provocado na rua
  • 7 da noite é o movimento já é intenso
  • Jogadores de baralho vão chegando aos poucos
  • Agito noturno na rua São Francisco
  • Tiago Alexandre - artista de rua - fazendo uma apresentação na rua São Francisco
  • Momento”relax” na serena São Francisco
  • Grupo de amigos curtindo a badalada São Francisco
  • Pão (apelido) curtindo a noite na rua
  • Jovem fumando um cigarro de maconha
  • Noite agitada na rua São Francisco
  • 10 da noite e parece que não cabe mais ninguém na rua

GALERIA: Veja fotos da região

Ocupação desordenada reabre polêmica na Rua São Francisco

Moradores, comerciantes e autoridades avaliam que a ocupação espontânea da rua fugiu ao controle. Por detrás dela, vieram ações policiais e da Guarda Municipal, que reacenderam o debate sobre excessos dos frequentadores e repressão das forças de segurança.

+ VÍDEOS

Apesar desta polêmica, a ocupação da São Francisco remonta a 2013, quando foi concluído o processo de revitalização da rua. Vieram os primeiros bares e, atrás deles, frequentadores ávidos pela vocação boêmia do Centro Histórico. O fenômeno externava um novo modo de se relacionar com a cidade e de lidar com o espaço público.

Longe do agito da noite, outra São Francisco

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A virada, entretanto, ocorreu em março. Segundo empresários, moradores e professores de um colégio próximo, a aglomeração se descontrolou. O movimento já não depende dos bares, uma vez que os novos frequentadores levam sua própria bebida – o famoso “tubão” – e permanecem na rua, conversando, jogando baralho ou tocando música. Entre as novas “tribos”, estão a galera do rap e a do skate, os punks e grupos do “pixo”, entre outros.

Nenhuma das esferas – poder público, vizinhos, empresários e comunidade escolar – parece saber lidar bem com o fenômeno. O que mais lhes incomoda é a banalização do uso da maconha. “Eles [os frequentadores] agem como se as drogas estivessem liberadas na rua”, resume Sílvia Aparecida Rodrigues, diretora do Colégio Estadual Poty Lazzarotto, para jovens e adultos. “Quando descobriram que aqui podiam fumar maconha livremente, começaram a vir pra cá e houve essa explosão”, diz a empresária Fábia Biasi.

No meio do caminho tem uma escola

Alunos e professores reclamam de barulho e drogas na São Francisco

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Obviamente, o consumo de maconha não é generalizado. A reportagem conversou com muitos frequentadores que vão à rua para fazer um happy hour, encontrar amigos e tomar uma cerveja ao ar livre. Ao mesmo tempo, alguns jovens preparam os cigarros, fumam e falam com tranquilidade sobre o uso e a repressão. O cheiro de maconha é forte praticamente o tempo todo.

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Para reordenar a ocupação e resgatar o projeto inicial de explorar o potencial gastronômico e cultural da Rua São Francisco

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“A gente vai fumar em qualquer lugar. Se não for aqui, vai ser em uma ‘quebrada’. Enquanto estava a playboyzada ‘queimando um’ aqui, estava tudo bem. Bastou a gente vir, pra virar caso de polícia”, disse um rapaz, que pediu para não ser identificado. “A polícia já me levou [para a delegacia] porque eu estava com um baseadinho. Olha a energia que gastam com a gente por nada”, contou outro jovem.

A fama de que a São Francisco é tolerante com as drogas impacta também em quem “está limpo”. Mesmo quem não fuma, já sentiu o preconceito.

“Para a Guarda [Municipal], se você estiver na rua de moletom largo e boné, você é maconheiro. Já chegam te enquadrando. E eu só venho aqui para ficar ‘de boa’ e cansei de levar escracho”, diz um estudante.

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