O achocolatado que causou a morte de uma criança de 2 anos, em Cuiabá (MT), foi envenenado. De acordo com a Polícia Civil mato-grossense, o produto - da marca Itambé – continha pesticida e foi contaminado, propositalmente, por um homem de 61 anos. Ele e outro suspeito foram presos. Um lote do achocolatado Itambezinho chegou a ter a venda suspensa pela Anvisa.
A mãe da criança havia informado que o filho consumiu produto e, alguns minutos depois, começou a apresentar falta de ar. Além disso, ele teria ficado com o “corpo mole e com princípio de desmaio”.
De acordo com a polícia, um dos presos, de 27 anos, furtava recorrentemente produtos alimentícios de casas e comércios do bairro Parque Cuiabá, na capital mato-grossense. Uma das pessoas lesadas, um homem de 61 anos, resolveu injetar veneno no achocolatado para se vingar do suspeito. Cinco caixas da bebida – de duas marcas diferentes – foram furtadas da casa do idoso.
Segundo a perícia, havia Carbofurano nas cinco caixas do produto. A substância é o princípio ativo de pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras e é usado como veneno de rato.
Mas o suspeito não furtava para consumo e sim para revender o produto. O achocolatado envenenado foi comprado pela mãe da criança que morreu.
O homem que aplicou o veneno na bebida deverá ser indiciado por homicídio qualificado com emprego de veneno e também por homicídio tentado, pois um amigo da família da criança ainda está internado porque também ingeriu o produto. O outro preso responderá por furto qualificado. A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá comanda as investigações.
Sem contaminação na fabricação
De acordo com a polícia, os peritos descartaram a hipótese de que o achocolatado Itambezinho tivesse contaminação biológica por bactéria ou fungo no processo de fabricação.
A Itambé, por meio de nota, informou que “lamenta o ocorrido, se solidariza com a dor da família e reforça seu compromisso com os consumidores brasileiros ao entregar produtos da mais alta qualidade”. A empresa destacou ainda que desde 25 de maio, “data de fabricação do lote em questão, já foram comercializadas mais de 5 milhões de unidades e não foram registradas reclamações de nenhuma natureza”.
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