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Ações ameaçam viabilidade do serviço, diz diretor de operadora

O diretor presidente da Unimed Curitiba, Alexandre Bley, pede um debate mais amplo sobre os muitos processos movidos por usuários de operadoras de saúde, sob o risco de isso ameaçar a viabilidade dos próprios planos.

“Hoje o juiz tornou-se um gestor de saúde, pois de sua caneta saem liberações para variados procedimentos, inclusive experimentais e que não têm previsão contratual. O grande problema é que muitas vezes falta embasamento técnico para o judiciário julgar e a emoção acaba prevalecendo”, afirma.

Segundo Bley, é preciso que todos os tribunais estejam providos de Núcleo de Apoio Técnico. “Cada vez que um paciente recebe um direito judicialmente sem que o seu contrato ou a ciência sejam respeitados, quebra-se a equidade, pois estes recursos saem de toda a coletividade”, afirma.

Ele relata que a maior parte das reclamações dos clientes decorrem da dificuldade de agendar o atendimento com um determinado profissional. Outra situação comum é a procura por especialidades médicas mais específicas, como neurologia infantil.

“Considerando que estes profissionais estão em menor número no mercado de trabalho, pode haver alguma dificuldade de agendamento. Para evitar problemas aos nossos beneficiários, procuramos manter o quadro de cooperados adequado à demanda, realizando novas filiações anualmente”, afirma.

A Gazeta do Povo entrou em contato com as entidades que representam os planos – Abramge, Unidas e FenaSaúde –, mas nenhuma respondeu às perguntas.

DA

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