Cronologia
Relembre o caso Carli:
7 de maio de 2009 Fernando Ribas Carli Filho bate o carro que dirigia, um Volkswagen Passat de cor preta, no Honda Fit de cor prata ocupado por Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20 anos. Os dois jovens morrem na hora. Carli é socorrido e encaminhado a um hospital com traumatismo craniano. Ele chega a ficar internado na UTI até recuperar-se. Testemunhas afirmam que o ex-deputado tinha hálito alcoólico depois do acidente.
12 de maio de 2009 A Gazeta do Povo revela que Carli Filho tinha 130 pontos na carteira de habilitação, 23 multas eram por excesso de velocidade. Ele estava com a carteira cassada no dia do acidente.
08 de junho de 2009 Ex-deputado recebe alta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
11 de agosto de 2009 O delegado Armando Braga de Moraes, da Delegacia de Trânsito, conclui o inquérito e indicia Carli Filho por duplo homicídio com dolo eventual.
4 de fevereiro de 2010 Início da audiência de instrução, que irá decidir qual o tipo de julgamento o ex-deputado irá enfrentar. Se a Justiça considerar que houve "intenção de matar", Carli irá a Júri Popular, podendo pegar de 6 a 20 anos de cadeia. Se a Justiça considerar que o crime não teve "intenção", o ex-deputado será julgado por um juiz apenas e terá sentença de 3 a 6 anos.
Os advogados das famílias dos dois rapazes mortos no acidente com o ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho receberam ontem autorização da Justiça para produzir novas provas sobre o caso. O juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, autorizou uma perícia particular no computador de um posto de combustíveis da região onde ocorreu o acidente. A câmera de segurança do posto registrou o momento da colisão, na esquina das ruas Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, em Curitiba.
A decisão foi anunciada durante o primeiro dia da audiência judicial que decidirá se Carli irá ou não a júri popular. Carli é acusado de dirigir embriagado, a mais de 160 km/h e com a carteira de habilitação vencida. No acidente, que ocorreu no dia 7 de maio do ano passado, Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20, morreram após o carro dirigido pelo ex-parlamentar chocar-se com o veículo em que eles estavam.
Segundo o perito Walter Kauffmann, contratado pela família Yared, há indícios de que foram suprimidos alguns "frames" do vídeo e ele acredita ser possível resgatar estas imagens, mesmo que elas tenham sido apagadas da "lixeira" do computador. "Aparentemente, eles foram bastante amadores. Temos de 60% a 70% de chance de recuperar", comentou o perito, que tem 30 dias para entregar um laudo à Justiça. Ele foi autorizado a buscar essas imagens porque o Instituto de Criminalística, da Polícia Civil, afirmou não ter tecnologia suficiente para recuperar dados apagados de um computador.
O advogado da família Yared, Elias Mattar Assad, afirmou que irá mapear o caminho percorrido por Carli Filho desde que ele saiu de um restaurante até a colisão. Duas empresas de telefonia enviaram os relatórios de ligações de dois celulares do ex-deputado que, segundo o advogado, podem trazer novos elementos para o caso. "Pode ser que ele tenha passado por outras ruas com radares, já que dizem que o carro dele não aparece (nos radares) na Paulo Gorski e na Ivo Zanlorenzi."
Audiência
Ontem, dezesseis pessoas foram ouvidas durante a audiência de instrução, que irá decidir qual o tipo de julgamento o ex-deputado irá enfrentar: o Júri Popular ou a sentença dada por um só juiz. A diferença está na punição que Carli Filho poderá ter.
As famílias dos dois rapazes acompanharam ao longo de todo o dia todos os depoimentos. Para a irmã de Carlos Murilo, um dos jovens mortos, Gislaine de Almeida, é provável que o juiz encaminhe o caso para o Júri Popular. "Foi uma crueldade (o acidente). Eu senti uma coerência (dos depoimentos) com o que foi levantado no inquérito." Para o pai do outro rapaz, Gilmar Yared, Carli não deveria estar em liberdade. "Eu vi o meu filho morrer por (pelos depoimentos) estas pessoas. O deputado deveria estar preso!"
O advogado de Carli, Roberto Brzezinski Neto, contestou a tese de que o ex-deputado estava em alta velocidade no momento do acidente. Ele nega a tese, amplamente divulgada, de que o velocímetro do carro de Carli teria sido visto, após o acidente, travado em 190 km/h. "Um tenente do BPTran confirmou que viu o velocímetro do carro e ele estava zerado."
Hoje, a partir das 9 horas, outras quatro testemunhas (duas de defesa e duas de acusação) serão ouvidas pelo juiz, além de oito pessoas que devem depor em outras cidades. Porém o juiz pode até abrir mão do depoimento de algumas pessoas.
Fernando Carli Filho era aguardado ontem no Tribunal do Júri para dar a sua versão para o acidente. Porém ele não apareceu. O ex-deputado pode ser liberado hoje novamente e ser convocado para depor na semana que vem; ou o juiz pode determinar que ele seja ouvido em Guarapuava, onde vive atualmente.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora