A jovem Verônica Verone, de 18 anos, acusada de matar o empresário Fabio Gabriel Rodrigues Barbosa, de 33, dentro de um motel em Itaipu, em Niterói, na Região Metropolitana da cidade, vai a júri popular pelo crime de homicídio triplamente qualificado consumado. A decisão, do juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, foi publicada nesta sexta-feira no Diário da Justiça.
O empresário foi assassinado no dia 14 de maio deste ano. De acordo com o Ministério Público, Verônica teria agido com o propósito de matar, depois de dar tranquilizantes e antidepressivos à vítima, que já teria ingerido grande quantidade de bebida alcoólica. Conforme auto de exame cadavérico, a jovem teria ainda comprimido o pescoço de Fabio até a morte por asfixia. Ainda segundo o MP, o crime teria sido praticado por motivo torpe, meio cruel e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Nas alegações finais, a defesa de Verônica requereu a absolvição sumária da jovem, o que foi indeferido pelo juiz. "O enfraquecimento da tese defensiva se dá em virtude de o exame de sanidade mental, ao qual foi submetida a acusada, ter apontado que a mesma era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato", destacou o juiz.
Para o magistrado, a autoria da conduta ficou comprovada pelas provas colhidas na fase policial e nos depoimentos prestados em juízo, inclusive no próprio interrogatório da acusada. O juiz, no entanto, livrou Verônica pelo crime de ocultação de cadáver, pois, segundo ele, a ré poderia ter carregado o corpo para outro local, mas não o fez.
"Ela resolveu deixá-lo na garagem do motel, local de circulação de funcionários, onde poderia ser facilmente encontrado, como de fato ocorreu", afirma.
A prisão cautelar de Verônica foi mantida pelo Ministério Público.
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