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Rio de Janeiro

Acusada de morte de menino ainda não tem advogado

Até a tarde desta terça-feira, Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, não havia constituído advogado para defendê-la. Ela á acusada da morte do menino João Felipe Eiras Sant'Ana Bichara, de 6 anos, que foi encontrado pela polícia morto dentro de uma mala, na tarde de segunda-feira (25), em Barra do Piraí (RJ).

João Felipe sumiu por volta das 14h30 de segunda, após ser buscado na escola onde estudava, o Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora Medianeira, escola religiosa de classe média alta da região. Segundo o delegado José Mário Omena, da 88ª Delegacia de Polícia (Barra do Piraí), Suzana teria ligado para o colégio se passando pela mãe do garoto, dizendo que ia buscá-lo porque ele tinha uma consulta médica. Ela foi à escola de táxi. "Quando estava perto do colégio, ela simulou que estava falando ao celular e pediu ao taxista para pegar o garoto. Em seguida, o taxista os levou ao Hotel São Luiz, no centro da cidade, onde Suzana asfixiou a criança até a morte com uma toalha no rosto", contou o delegado.

A reportagem telefonou para a advogada da escola, Tânia Maria Ferreira Moraes, mas ela não atendeu às ligações. Ao portal G1, Tânia disse que a história contada por Suzana foi muito bem planejada. Segundo ela, a manicure telefonou para a escola, se identificou como mãe de João Felipe, deu o nome completo do menino e da professora, além do número da turma em que ele estudava. A advogada, no entanto, admitiu que houve falha na segurança da escola, ao entregar o garoto. "Até na escola com a mãe, ela (Suzana) veio. Não vamos dizer que não houve falha, houve. Mas era uma riqueza muito grande de detalhes sobre o menino e a família dele. Ela arquitetou tudo muito bem", afirmou Tânia. A direção da escola informou que pretende instalar câmeras de segurança. As aulas foram suspensas nesta terça.

Suzana foi presa em flagrante e indiciada por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, uso de meio cruel e mediante emboscada) e ocultação de cadáver. Se condenada, pode pegar até 30 anos de prisão. Ela seria transferida nesta terça-feira para um presídio no Complexo de Bangu, na zona oeste da capital. O corpo de João Felipe foi enterrado na manhã desta terça no Cemitério Recanto da Paz, no centro de Barra do Piraí. Sob forte emoção, parentes do menino precisaram ser amparados.

O menino João Felipe Eiras Sant'Ana Bichara, de 6 anos, foi encontrado pela polícia morto dentro de uma mala, na tarde de segunda-feira (25), em Barra do Piraí (RJ). A criança estava na casa de Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, que está presa acusada da morte. A mulher é manicure e amiga da mãe da criança, Aline Eiras Sant'Ana Bichara. A polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por vingança. O crime chocou a população da pacata Barra do Piraí, de cerca de 95 mil habitantes. A segurança da delegacia precisou ser reforçada para evitar que a suspeita fosse linchada.

João Felipe sumiu por volta das 14h30 de segunda, após ser buscado na escola onde estudava, o Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora Medianeira, escola religiosa de classe média alta da região. Segundo o delegado José Mário Omena, da 88ª Delegacia de Polícia (Barra do Piraí), Suzana teria ligado para o colégio se passando pela mãe do garoto, dizendo que ia buscá-lo porque ele tinha uma consulta médica. Ela foi à escola de táxi. "Quando estava perto do colégio, ela simulou que estava falando ao celular e pediu ao taxista para pegar o garoto. Em seguida, o taxista os levou ao Hotel São Luiz, no centro da cidade, onde Suzana asfixiou a criança até a morte com uma toalha no rosto", contou o delegado.

Segundo Omena, cerca de 20 minutos depois de dar entrada, Suzana saiu do hotel carregando o menino nos braços, como se ele estivesse dormindo. Ela pegou outro táxi e voltou para sua casa, na Rua Cristiano Otoni, também no centro. Lá, a manicure despiu o menino e o colocou dentro de uma mala. Depois, saiu para confortar Aline, mãe de João Felipe. Àquela altura, os pais do garoto já sabiam que ele havia sido pego na escola por um homem de cerca de 25 anos, que trajava bermuda (o taxista), e tinham feito um registro de sequestro na 88ª DP.

A família da criança, que é dona de uma imobiliária na cidade, usou o perfil da empresa no Facebook para pedir informações sobre o paradeiro de João Felipe. O caso rapidamente gerou comoção na região. O recepcionista do Hotel São Luiz viu a repercussão na internet e lembrou-se do menino que saiu do local supostamente dormindo nos braços de uma mulher, e ligou para o taxista que a levou em casa. O taxista, por sua vez, telefonou para a emergência da PM, comunicando o fato. Policiais militares do 10º Batalhão foram, então, à casa de Suzana, onde encontraram o corpo de João Felipe dentro de uma mala.

A manicure, que naquele momento estava na residência dos pais da criança confortando o casal, foi presa e levada à 88ª DP. "Informalmente, Suzana confessou o crime, mas disse que só vai se manifestar oficialmente em juízo. Ela disse que frequentava a casa do menino há 3 anos, já que era manicure e amiga de Aline. Também contou que tinha terminado um caso com Heraldo (Bichara de Souza Júnior, pai do menino) há um ano e meio, e que ele a estava perseguindo. A mulher afirmou que inicialmente pretendia só dar um susto na criança, mas como ele a conhecia e ia entregá-la, decidiu matá-lo", explicou o delegado. "Não tenho dúvidas de que ela premeditou tudo. Além disso, esse suposto relacionamento pode estar na cabeça dela. Pode ser até mesmo uma rejeição por parte do pai. Para desvendar o real motivo do crime ainda preciso ouvir o depoimento dos pais do menino".

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