O julgamento do construtor Aldaildo Fonguer, acusado de matar a tiros o jovem Andersandio Soares Franco, em fevereiro de 2012, após uma discussão, começou na tarde dessa sexta-feira (4).
Antes do julgamento, familiares e amigos de Andersandio fizeram um protesto com faixas e camisetas pedindo por justiça.
O delegado Rubens Recalcatti, que na época era o responsável pela Delegacia de Homicídios, foi ouvido sobre o caso. O porteiro do prédio em que Aldaildo morava e o próprio acusado também prestaram depoimentos.
Por volta das 16h, o Tribunal do Juri decidiu fazer uma pausa antes de ouvir as demais testemunhas do caso.
Relembre o caso
O crime ocorreu em 21 de fevereiro de 2012, após uma discussão entre o construtor Adaildo Fonguer, o jovem Andersandio Soares — conhecido como Lacraia e na época com 22 anos — e um grupo de amigos do rapaz. O acusado desceu do prédio em que morava, ao lado de um shopping no bairro Água Verde, em Curitiba, e começou a discutir com Andersandio, momentos depois sacou uma pistola e disparou vários tiros na direção de Lacraia. O rapaz foi atingido por oito tiros e morreu no local.
Uma semana antes do crime, o grupo de jovens e Adaildo já haviam discutido na entrada do prédio. O construtor reclamava do barulho feito por eles durante as madrugadas. Em depoimento – realizado ainda em 2012 – o acusado confessou que disparou a arma contra Andersandio, mas alegou que vinha recebendo ameaças do grupo e por isso comprou uma arma — uma pistola jogada em um rio após os disparos.
Resultado
A Gazeta do Povo entrou em contato com José Valdeci de Paula, advogado de acusação, na manhã deste sábado (5). Segundo ele, o réu foi condenado por homicídio privilegiado, aquele motivado por forte emoção, que foi a tese estabelecida pelo Ministério Público e acolhida pelo corpo de jurados. Tanto a tese de acusação, de homicídio qualificado por motivo torpe, quanto a de defesa, de legítima defesa, não prosperaram.
A pena estabelecida foi de quatro anos, em regime aberto. A família da vítima vai entrar com recurso.
A reportagem não conseguiu localizar o advogado de defesa para comentar o caso.
Colaboraram: Getulio Xavier e Mariana Balan.
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