Uma menina de sete anos foi sequestrada, violentada e assassinada, no último fim de semana, em Santa Izabel do Oeste, na região Sudoeste do Paraná. O corpo da criança foi encontrado dentro de uma mala, que estava escondida na residência do acusado de cometer o crime. Segundo a Polícia Civil, a intenção dele era enterrar o cadáver assim que tivesse oportunidade. O caso lembrou o da menina Rachel Genofre, ocorrido há mais de três anos em Curitiba e que ainda não foi esclarecido.

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O acusado – identificado como Cristiano Gonçalves, de 25 anos – foi preso na tarde de sábado (21). Segundo a polícia, ele era amigo da família da criança e se aproveitou dessa proximidade para sequestrar a menina por volta das 4 horas da madrugada, enquanto ela dormia em casa, no bairro Alto da Colina.

A vítima teria sido levada à residência de Gonçalves, onde foi estuprada. De acordo com nota divulgada pela Polícia Civil, depois de cometer a violência sexual, o acusado usou um travesseiro para asfixiar a menina. Com a garota inconsciente, o rapaz teria abusado dela novamente. As investigações apontam que, em seguida, Gonçalves teria colocado um saco plástico na cabeça da vítima, sufocando-a até a morte.

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Para não levantar suspeitas, Gonçalves demonstrou preocupação pelo suposto desaparecimento da jovem e chegou a auxiliar nas buscas. A polícia, no entanto, suspeitou dele e, em buscas na residência, entrou o corpo da criança dentro de uma mala. Segundo a Polícia Civil, o acusado confessou o crime e contou com detalhes seus atos.

O crime causou comoção na região de Santa Izabel do Oeste. Nesta segunda-feira (23), pessoas se aglomeraram diante da delegacia do município, onde o acusado está detido. Em alguns instantes, os manifestantes ameaçaram invadir o distrito e foi necessária a atuação da Polícia Militar (PM) para conter as pessoas. Quando o corpo foi localizado na casa de Gonçalves, os policiais também tiveram que agir para evitar que o acusado fosse linchado.

Caso Rachel

Em novembro de 2008, o corpo de Rachel Genofre foi encontrado dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba. A menina estava em posição fetal, envolvida em dois lençóis. Na cabeça da menina, havia sacolas plásticas. A garota vestia a camiseta do colégio e estava nua da cintura para baixo. Ela foi morta por asfixia mecânica por esganadura, apresentava sinais diversos de agressões e exames do Instituto Médico-Legal comprovaram que ela foi violentada.

De lá para cá, foram mais de 1,1 mil dias de investigações. A polícia viajou para quatro estados para interrogar suspeitos, visitou hotéis, estabelecimentos comerciais e edifícios residenciais, e analisou imagens de todas as câmeras de segurança entre a escola que Rachel estudava e a rodoviária.

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O principal trunfo da polícia é o sêmen coletado do corpo de Rachel. O material é comparado com o DNA de suspeitos, para comprovar a autoria. Até hoje, no entanto, quase 100 exames foram realizados e todos deram negativo. A prova científica já inocentou três suspeitos.