Terminou por volta das 21h30 desta segunda-feira (21), no auditório da Câmara Municipal de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, o julgamento de mais um acusado pela morte do estudante Bruno Strobel Coelho, ocorrida em outubro de 2007. Eliandro Luiz Marconcini, que na época era funcionário da empresa de segurança Centronic, foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Marconcini é o terceiro acusado de envolvimento na morte de Strobel a ser condenado pela Justiça. O julgamento dele teve início na manhã desta segunda-feira. Além das acusações pelas quais foi condenado, Marconcini respondia ainda pelos crimes de formação de quadrilha e tortura, que não foram levados em conta pelo júri, segundo informou o advogado de acusação, Rafael Fabrício de Melo. "Algumas questões qualificadoras não foram consideradas pelos jurados. O homicídio foi cometido para ocultar o crime de tortura e sequestro. Porém, os jurados desconsideraram a qualificadora de crime cruel, e embora tenham reconhecido a questão da formação de quadrilha, ele [Marconcini] não foi enquadrado por esse crime, nem pela tortura", explicou Melo.
O advogado promete recorrer, para que estas qualificadoras sejam consideradas. Ele tem prazo de cinco dias para dar entrada com o pedido em segunda instância no Tribunal de Justiça.
Agora condenado, Marconcini voltará para a Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), onde já estava preso há três anos.
Depoimento
O julgamento começou com o depoimento de Vinícius Coelho, pai de Bruno. Durante o dia todo, testemunhas foram ouvidas. Uma delas faltou nesta manhã, mas o julgamento foi iniciado assim mesmo. A mãe da testemunha morreu no domingo (20) e, por isso, ela foi dispensada.
O julgamento, inicialmente, estava marcado para começar na última quarta-feira (16). Naquela data, uma testemunha da acusação faltou e isso motivou o adiamento para essa segunda-feira.
Pedido
O advogado de defesa de Marconcini, Nilton Ribeiro, chegou a pedir na última quarta-feira (16) que o acusado pudesse responder ao processo em liberdade. Segundo Ribeiro, o cliente dele sofreu ameaças na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II) e já está preso há três anos. O pedido foi negado pela juíza do caso.