Registro da chegada do réu ao julgamento na manhã desta segunda-feira| Foto: Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Entenda o caso

Bruno Strobel Coelho desapareceu em 2 de outubro de 2007 e uma semana depois foi encontrado morto, com dois tiros na cabeça e marcas de espancamento, num matagal nas proximidades da Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré.

Segundo as investigações, o jovem teria sido flagrado por funcionários da empresa de vigilância Centronic pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória, em Curitiba. Depois de rendido pelos seguranças, Bruno foi levado até a sede da empresa, onde foi espancado. O jovem teria revelado que era filho de um jornalista, o que levou os vigias a decidirem executar o estudante para que ele não contasse o ocorrido.

Dos sete acusados de envolvimento no crime, apenas três já foram julgados. Marlon Balen Janke foi condenado a 23 anos de prisão e Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues recebeu pena de 13 anos. Outro acusado, Ricardo Cordeiro Reyse, deve ir a julgamento no dia 20 de junho.

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Terminou por volta das 21h30 desta segunda-feira (21), no auditório da Câmara Municipal de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, o julgamento de mais um acusado pela morte do estudante Bruno Strobel Coelho, ocorrida em outubro de 2007. Eliandro Luiz Marconcini, que na época era funcionário da empresa de segurança Centronic, foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Marconcini é o terceiro acusado de envolvimento na morte de Strobel a ser condenado pela Justiça. O julgamento dele teve início na manhã desta segunda-feira. Além das acusações pelas quais foi condenado, Marconcini respondia ainda pelos crimes de formação de quadrilha e tortura, que não foram levados em conta pelo júri, segundo informou o advogado de acusação, Rafael Fabrício de Melo. "Algumas questões qualificadoras não foram consideradas pelos jurados. O homicídio foi cometido para ocultar o crime de tortura e sequestro. Porém, os jurados desconsideraram a qualificadora de crime cruel, e embora tenham reconhecido a questão da formação de quadrilha, ele [Marconcini] não foi enquadrado por esse crime, nem pela tortura", explicou Melo.

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O advogado promete recorrer, para que estas qualificadoras sejam consideradas. Ele tem prazo de cinco dias para dar entrada com o pedido em segunda instância no Tribunal de Justiça.

Agora condenado, Marconcini voltará para a Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), onde já estava preso há três anos.

Depoimento

O julgamento começou com o depoimento de Vinícius Coelho, pai de Bruno. Durante o dia todo, testemunhas foram ouvidas. Uma delas faltou nesta manhã, mas o julgamento foi iniciado assim mesmo. A mãe da testemunha morreu no domingo (20) e, por isso, ela foi dispensada.

O julgamento, inicialmente, estava marcado para começar na última quarta-feira (16). Naquela data, uma testemunha da acusação faltou e isso motivou o adiamento para essa segunda-feira.

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Pedido

O advogado de defesa de Marconcini, Nilton Ribeiro, chegou a pedir na última quarta-feira (16) que o acusado pudesse responder ao processo em liberdade. Segundo Ribeiro, o cliente dele sofreu ameaças na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II) e já está preso há três anos. O pedido foi negado pela juíza do caso.